Alô, Hypers! A sexta-feira chegou e também está chegando um dos eventos mais esperados de todo o mês de setembro: Alceu Valença está chegando em Fortaleza! O renomado artista se apresenta neste domingo (23), a partir das 16hrs, em show no RioMar Music Festival, que acontece no Shopping RioMar Fortaleza, com entrada gratuita!
O portal Patio Hype teve a oportunidade de conversar com Alceu Valença sobre o que o público pode esperar do show, além de saber mais sobre a vida e carreira do cantor. E ainda tem um bate-bola super especial! Já ficou curioso (a)? Confira abaixo a entrevista na íntegra!
Patio Hype –Você é muito conhecido por sua versatilidade nos palcos e por possuir e criar diversos tipos e formatos de shows. Que formato e estilo de repertório o público do RioMar Music Festival pode esperar?
Alceu Valença – Vou apresentar meu show de sucessos, ao lado da minha banda. São músicas bem conhecidas do público, como Tropicana, Anunciação, Belle de Jour, Coração Bobo, Pelas Ruas Que Andei, Táxi Lunar… também canto temas de Luiz Gonzaga, como Vem Morena, Baião, Xote das Meninas. Tenho mais de dez tipos diferentes de show: com banda, acústico, show de forró, de frevo, show mais próximo do rock, com meu repertório dos anos 70. Tem as Valencianas, ao lado da orquestra Ouro Preto, o Grande Encontro, com Elba e Geraldo. Adoro estar no palco. Palco pra mim é vitamina!
P.H- Você já passou inúmeras vezes por Fortaleza e outros municípios do Ceará, onde sempre arrasta uma multidão de fãs. Existe algum show em Fortaleza que foi mais marcante para você? Por quê?
A.V – Frequento Fortaleza há muitos anos. É uma cidade onde tenho um público imenso, sempre fiel. Viajo bastante pelo estado do Ceará, também. Vou muito a região do Crato, Barbalho, Juazeiro do Norte, cidades próximas das influencias culturais do sertão pernambucano, das referências que formaram Luiz Gonzaga e contribuíram para a minha formação também.
P.H- Que artistas o inspiraram em seu começo de carreira e que artistas da nova geração pernambucana e brasileira você diria que carregam bem a bandeira da música autoral em nosso cenário atual?
A.V – Sou da opinião de que o artista não deve ter ídolos ou ele corre o risco de se deixar influenciar. Acho estranho quando vejo um artista ser apontado como a Madonna brasileira, o Michael Jackson brasileiro. Eu jamais conseguiria cantar um rock como o Mick Jagger, mas ele também não canta um frevo ou um forró como eu. É claro que artistas como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro tiveram influência sobre a minha formação, mas não chego a considerá-los ídolos. Gonzaga inclusive deu a melhor definição sobre a minha música que já ouvi até hoje. Ele me disse: “seu
som é como uma banda de pífanos elétrica”. Exatamente isso. Sobre o atual panorama, vejo muita gente boa em todo o país, infelizmente com pouco acesso aos meios de comunicação. O Brasil precisa urgentemente redescobrir sua trilha sonora.
P.H- Você tem uma música “favorita” das que interpreta ou que lhe toca mais do que as outras? Qual a história por trás dela?
A.V – Não tenho música favorita, gosto de todas elas. São muitas as histórias por trás das canções. Belle de Jour por exemplo foi inspirada na atriz francesa Jacqueline Bisset, que conheci certa vez em Paris. Só que confundi as musas e achei que tivesse sido apresentado a Catherine Deneuve, que foi a estrela do filme “A Bela da Tarde”, de Buñuel (risos). Coração Bobo eu compus também em Paris, no fim dos anos 70, quando me impus um autoexílio e acabei mergulhando nas minhas próprias raízes brasileiras e nordestinas. Tropicana tem melodia de Vicente Barreto e eu fiz a letra inspirado num quadro de natureza morta que tenho até hoje em Olinda… e por aí vai.
P.H- Aos 72 anos, você já atuou na música, no cinema, teve discos de muito sucesso e arrematou prêmios de muito prestígio. Há ainda um sonho ou projeto profissional não realizado ou desejado por Alceu Valença? Qual?
A.V – Sou um artista realizado e sempre conduzi minha carreira do jeito que quis, sem jamais fazer concessões ao mercado e ao sucesso fácil. Para mim, o tempo é tríplice. Vivemos passado, presente e futuro tudo ao mesmo tempo. Meu sonho é viver numa nação solidária. Sem preconceitos, tomara. Tomara, meu Deus…
Bate-Bola com Alceu Valença!
UMA FRASE – Eu sou eu e as minhas circunstâncias – Ortega y Gasset.
UMA MÚSICA – Asa Branca
UM LUGAR- Brasil
UMA PALAVRA- Olinda
UMA COMIDA – sushi
UM MEDO – Medo eu tinha do Cabo Ariuno, que corria atrás das crianças em São Bento.
UM DESEJO – Uma nação solidária.
UMA SAUDADE – Do set de filmagem de A Luneta do Tempo. Dirigir um filme foi uma das melhoras experiências da minha vida!
ALCEU EM UMA PALAVRA – Em poucas palavras, um amigo da arte.
Convite especial
Confira abaixo o convite especial de Alceu Valença para o público Fortalezense!
Sobre o RioMar Music Festival
O shopping RioMar traz ninguém menos que Alceu Valença para um super show que promete ficar na memória! O cantor apresenta seus grandes sucessos e interpreta sucessos inesquecíveis, como “Coração Bobo”, “Táxi Lunar”, “Belle de Jour”, “Girassol”, “Cabelo no Pente”, “Embolada do Tempo”, “Estação da Luz”,“Solidão”, “Anunciação”, “Tropicana”. Sem perder a conexão com a melhor tradição musical do nordeste, o cantor recria um módulo de canções de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Temas como “Baião”, “Xote das Meninas”, “Vem Morena”, “Sabiá”, “Pagode Russo” e “O canto da Ema” mostram com vigor que, assim como a embolada, o forró de todos os tempos também não tem parada.
Nesta edição do RioMar Festival, que acontece neste domingo (23), a partir das 16hrs, Alceu Valença canta ao lado de Paulo Rafael (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo), Cássio Cunha (bateria). Ah! O show acontece no estacionamento da Lagoa e o acesso é gratuito!
Serviço:
Show Alceu Valença – RioMar Music Festival
Data: Domingo, 23 de setembro
Hora: A partir das 16hrs
Local: RioMar Fortaleza – Estacionamento da Lagoa
Entrada gratuita
Fotos: Reprodução