Iniciativa mantida por ONG ensina programação para meninas

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Em pleno 2019, as mulheres ainda precisam lidar com o machismo nas mais variadas áreas. Porém, em algumas, esse problema é mais visível do que em outras. O campo da tecnologia e informação, por exemplo, ainda é predominantemente ocupado por homens. Porém, cada vez mais iniciativas vem trabalhando para mudar esse cenário. A Technovation é uma delas, que investe no ensino de programação para meninas.

A iniciativa é mantida pela ONG internacional Iridescent. A Technovation busca despertar nas meninas o prazer pela programação e as incentiva  a empreender no universo da tecnologia. Com sede em Florianópolis, o projeto desafia jovens entre dez e 18 anos a desenvolver e lançar um aplicativo para celular que ajude na resolução de algum problema da comunidade em que elas vivem.

Ao longo de 12 semanas, as meninas aprendem todas as etapas importantes para o desenvolvimento de um produto tecnológico. Da identificação do problema até a sua solução, passando por toda a elaboração do plano de negócios, marketing de produto, desenvolvimento até chegar ao lançamento do aplicativo em si, elas vivenciam diretamente como é a o dia a dia em uma empresa de tecnologia. E é em meio de tudo isso que ocorrem as aulas de programação para meninas, com o auxílio de um tutor que acompanha todas as etapas do processo.

Os melhores projetos desenvolvidos nessa etapa participam de um evento internacional World Pitch Event. Ele é sediado por uma grande empresa de tecnologia em São Francisco, nos Estados Unidos. Ano passado seis embaixadoras, 10 mentores, oito times, 36 meninas e sete escolas se envolveram no projeto de ensinar programação para meninas. Desse grupo, um time foi até a semifinal na América Latina. Ele desenvolveu o Our Rules — um aplicativo para ajudar meninas e mulheres a encontrar e promover eventos de maneira unificada e intuitiva. O objetivo é resolver um problema de comunicação, dentro do propósito da igualdade de gênero, para fortalecer as relações entre as mulheres que usam a tecnologia.

Para 2019, o trabalho já começou em fevereiro. Workshops são ministrados aos sábados para que as meninas comecem a despertar para o projeto. E, com isso, o objetivo é desenvolver novos trabalhos e aplicativos.

Fotos: Reprodução

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