6 nomes femininos que são a cara da moda sustentável!

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Sustentabilidade felizmente tem sido uma pauta cada vez mais forte e presente no mundo fashion. Aqui no Hype estamos sempre dando ótimas dicas de marcas brasileiras que carreguem essa pauta, ou de documentários que estimulem novas formas mais responsáveis de consumo. Agora o post de hoje vem lhe apresentar oito nomes de mulheres que estão á frente de projetos incríveis que têm como base central a moda sustentável. Vem conhecer com a gente essas seis mulheres ecochiques!

1 – Luly Vianna

Câmera de pneu, náilon de paraquedas e cinto de segurança são só alguns dos materiais que Luly Vianna trabalha em seu projeto de moda sustentável, a Saissu Design Sustentável. “Amo artesanato e quis trazer um novo olhar para objetos que iriam para o lixo, mas que podem virar peças lindas.” E com isso ela já transformou bolsas á partir de câmera de pneu, sacos de transportar cebola em clutches, colares e pulseiras, e, em parceria com Fernando Jaeger, criou cestos de palha de milho. Além dos materiais de descarte, ela desenvolve projetos com artesãs pelo País. “Do filé, bordado feito com rede de pesca em Alagoas, aos cestos de cipó extraídos na Amazônia, o Brasil tem coisas lindas. E empoderar essas mulheres muda a realidade das famílias. Não é caridade. É preciso dar oportunidade e mostrar ao mundo como somos chiques.”

2 – Carol Piccin

A Matéria Lab é o projeto sustentável da Carol Piccin. Ele meio que funciona como uma materioteca onde ela pesquisa e cataloga diversos materiais como fibras, sementes, celulose e têxteis que podem ganhar outro uso. Muitos desses materiais inclusive podem virar tecido, como bactérias de kombucha, fibras de abacaxi e restos de fita VHS. Gestora ambiental, empresária e conselheira do Prêmio Muda, da Vogue, ela ajuda toda uma cadeia de criativos – leia-se arquitetos, designers e estilistas – e empresas a desenvolverem produtos e projetos mais inteligentes e que poluam menos o ambiente. “Meu trabalho é pesquisar tecnologias e materiais alternativos e analisar o que pode ser feito para diminuir resíduos e aumentar o impacto ambiental positivo”, resume Carol, que já levou sua expertise a marcas como Vanessa Montoro e A. Niemeyer.

3 – Maria Eduarda Camargo e Emily Ewell

Provavelmente você já deve ter escutado falar sobre o projeto dessas duas mulheres: a Pantys. A americana Emily Ewell já morava há dois anos no Brasil quando começou a realizar pesquisas sobre o uso de absorventes e descobriu que, enquanto nos Estados Unidos o mercado é dominado por absorventes internos, no Brasil, 90% das mulheres usam o modelo externo, que é o que gera mais lixo. Ao longo da vida, uma mulher tem cerca de 450 ciclos menstruais e utiliza 12 mil absorventes. Descartados, equivalem a 180 kg de um lixo que leva 500 anos para se decompor. Decidida a não contribuir para a geração de mais resíduos e a ajudar a mudar a relação das mulheres com a menstruação, criou, ao lado da amiga Maria Eduarda Camargo, a Pantys, linha de calcinhas absorventes feitas de tecidos biodegradáveis e antimicrobianos.“Quanto mais nos aprofundamos na criação, mais vimos o quanto é assustador o tanto de lixo gerado”, lembra Eduarda. “Criar um produto como este é uma forma de inspirar as pessoas e transformar isso em uma ação coletiva efetiva. Porém, o impacto não vem apenas das inovações sustentáveis, mas também das escolhas feitas por cada um.”

4 – Fernanda Simon

“A indústria da moda é uma das mais poluentes”, atesta Fernanda Simon, diretora do Fashion Revolution Brasil. A instituição foi criada em Londres, em 2013, após o desabamento do Rana Plaza, prédio em situação precária em Bangladesh, na Índia, onde várias confecções produziam para marcas famosas do mundo todo. Profissionais ligados à moda ética iniciaram então um movimento nas redes sociais postando a frase “Quem fez minhas roupas” e convocando os seguidores a olhar quem está por trás das peças usadas, além de discutir os impactos ambientais que elas escondem. “Nosso papel é questionar, propor soluções e celebrar quem produz de maneira limpa”, explica Fernanda, que cursou moda na Faculdade Santa Marcelina, mas nunca fez carreira no mercado convencional. “Saí do curso decepcionada, pois era muito focado na criação e desenvolvimento de produtos, não havia um estímulo a um pensamento crítico em relação à moda e à sua história. Decidi me mudar para Londres, onde acabei trabalhando com moda ética.” Hoje, o Fashion Revolution está presente em mais de cem países e 50 cidades no Brasil e cria material para o blog, Facebook, Instagram (@fash_rev_brasil) e Pinterest, produzindo relatórios como o Índice de Transparência da Moda, que avalia a disponibilização de informações referentes a práticas sustentáveis de 20 grandes marcas do País, além de promover eventos, campanhas e ações de conscientização nas ruas. “Queremos que as pessoas conheçam, participem e espalhem a informação. A sustentabilidade tem de conversar com todo mundo, de qualquer lugar.”

5 – Maria Carolina, Maria Clara & Mariana

Tornar a moda sustentável possível é o que move as irmãs Maria Carolina, Maria Clara e Mariana Moraes, à frente do Verdes Marias. Apesar das profissões diferentes, elas sempre tiveram em comum uma vontade de ajudar a melhorar o mundo. Mariana (no centro), comunicadora de formação, trabalhou por anos como voluntária de ONGs como Sou da Paz e Action Aid, na Austrália. Carol, arquiteta e fotógrafa, voltou de uma viagem à Ásia em 2017 querendo fazer algo pelo planeta. Clara, atriz, já era vegetariana e desde os tempos da escola fazia voluntariado. Assim nasceu em 2018 o Verdes Marias, uma plataforma em que, através do Instagram (@verdesmarias), site, rodas de conversa e consultoria, elas testam produtos, iniciativas e auxiliam quem quer ter práticas mais eco-friendly, mas não sabe como começar. É o que elas chamam de microrrevoluções. No site, por exemplo, as irmãs ensinam desde como descartar pilhas e reciclar o lixo até substituir lenços umedecidos por outros feitos de material menos agressivo à natureza e à saúde. Em casa, Mariana trocou as fraldas descartáveis da primeira filha pelas de pano. “Economizei mais de mil unidades. Mas, quando precisava, usava as descartáveis, sem culpa”, lembra ela, que estava grávida do segundo filho. Outra ação das irmãs foi desafiar a equipe do bar Guilhotina, em São Paulo, a abolir por uma noite canudos, não servir água em garrafas plásticas, tirar carne, frango ou peixe do menu e trocar as long necks por latas. Deu tão certo que algumas medidas ficaram para sempre. “Quando falamos em microrrevoluções, é sobre isso: pequenos desafios que você consegue cumprir do seu jeito e que vão ajudar o planeta”, finaliza Mari.

6 – Lilian Pacce

Finalizando nosso listinha, um nome conhecido que não poderia faltar! Referência quando o assunto é jornalismo de moda, Lilian Pacce chama atenção para o consumo consciente, para a criatividade na hora de se vestir e faz questão de utilizar seu alcance na mídia tradicional e em suas plataformas e redes sociais para divulgar novas tecnologias sustentáveis e novas e diferentes formas de consumir! Seguir, ler e escutar Lilian é garantia de aprender muito sobre o que há de mais moderno e “verde” no mundo da moda! 

E aí, o que você achou destes projetos incríveis com grandes mulheres que estão construindo essa moda sustentável?

Fotos: Reprodução.

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