Não é de hoje que a discussão está em pauta na sociedade: mulheres tem salário menor que o dos homens. Muitos avanços já foram feitos, mas a situação ainda é de desfavorável para o gênero feminino. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, a renda do trabalhador brasileiro apresentou cenário favorável em 2011, mas as mulheres ganharam, em média, 28% a menos do que os homens em 2011. O gerente do PME, Cimar Azeredo, diz que o salário das mulheres em 2011, foi em média R$ 1.343,81 contra R$ 1.857,64 dos homens.
Porém outro fator da pesquisa preocupa mais ou tanto quanto a disparidade entre os salários de homens e mulheres: a raça. O Brasil assume o discuso de ser um país sem racismo, onde todas as pessoas são iguais. Na prática não é bem assim que funciona, o sentimento de preconceito está incutido, mesmo que involuntariamente, na vida dos brasileiros. Um fato comprovado quando as pessoas são perguntadas sobre sua cor, muitas delas não assumem que são negras, ou por preconceito próprio ou por medo velado do que as outras pessoas vão achar.
No ano passado os trabalhadores de cor preta ou parda, os dois grupos que formam a população negra, ganhavam em média pouco mais da metade do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. A média de salário em 2011 foi de R$ 1.073,22. Os trabalhadores negros ganharam por volta de R$ 1.121,44, enquanto os trabalhadores de cor branca, R$ 2.050,25. Preconceito velado ou apenas dados que não dizem muita coisa?
