As maiores gafes do mundo fashion em 2019

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2019 foi intenso, novas marcas entraram no mercado, coleções inspiradoras riscaram as passarelas, celebridades roubaram os holofotes e algumas tendências ganharam força para o próximo ciclo. No entanto, nem só de boas notícias foram feitos os últimos 12 meses. Etiquetas do ramo deram algumas escorregadas ao longo do ano cometendo algumas gafes. Para relembrá-las e ajudar a não mais cometermos tais erros, vem conferir com o Hype quais as maiores gafes de 2019 que selecionamos!

As gafes da Dolce & Gabbana

No início de 2019, etiquetas de luxo lançaram produtos para homenagear o Ano-Novo chinês, que começou no dia 5 de fevereiro. Para dar boas-vindas ao período, a Burberry lançou uma campanha com atrizes chinesas para ilustrar a reunião familiar na data. Já a Louis Vuitton e a Bulgari apostaram em acessórios que celebravam a efeméride. A italiana Gucci ilustrou os três porquinhos nas clássicas bolsas da label. Uma etiqueta, em especial, errou feio nas homenagens e não agradou os chineses: a Dolce & Gabbana.

Usar a cultura de um país para criar publicidade em prol da marca é um terreno delicado. No fim de 2018, a D&G foi acusada de racismo ao lançar uma campanha de marketing com estereótipos chineses. Em uma série de vídeos, uma modelo chinesa mostrava dificuldade ao comer pratos italianos com hashi (os famosos talheres orientais). O problema foi agravado após Stefano Gabbana fazer supostos comentários depreciativos sobre a situação e, depois, afirmar que foi hackeado e não seria o responsável pelas postagens.

Depois desse caso, a marca foi boicotada pelos clientes locais. Ainda assim, lançou cinco modelos de t-shirts masculinas com a temática do Ano-Novo chinês. Novamente, o estilista teria zombado da situação em uma troca de mensagens no Instagram, juntando à todas as gafes cometidas pela grife.

Ashley Stewart e as irmãs Jenner

Em novembro, as irmãs Jenner investiram em uma linha plus size em parceria exclusiva com a marca Ashley Stewart. Focando na inclusão, três mini coleções foram elaboradas para entregar peças clássicas com tamanhos entre 10 e 24, no padrão de medidas dos Estados Unidos.

O primeiro lançamento da collab, no entanto, não agradou a todos e gerou polêmica no Twitter. Os usuários questionaram por que a etiqueta não elencou celebridades gordas ou influencers como colaboradoras.

ASOS

A estilista e blogueira plus size Danielle Varnier é reconhecida pelos looks do dia cheios de estilo no Instagram. Tamanha evidência trouxe consequências inesperadas: ela denunciou a ASOS pelo novo produto cadastrado no e-commerce da loja britânica.

Uma bailarina inflável foi categorizada na plataforma de moda como fantasia, mas, o que chamou a atenção da blogueira foram os vendedores trajando o item. Ela acusou a empresa de “rir de corpos grandes”.

Segundo o portal Mail Online, um porta-voz da ASOS pediu desculpas pelo item ofensivo. A empresa confirmou que removeria o produto do site.

Balenciaga

Em outubro, a casa de luxo francesa foi acusada de cópia por apresentar modelo semelhante ao de uma estilista independente radicada em Londres. Trata-se de um par de sapatos desfilado na semana de moda de Paris para a primavera/verão 2020. 

Recém-formada na Central Saint Martins, uma das escolas de arte e design mais conceituadas do planeta, a designer Paula Canovas del Vas criou a sua marca após um ano da conclusão do curso. O par de sapatos com bico que remete a um casco foi um dos primeiros lançamentos da estilista.

ELLE alemã

Na edição de novembro, a revista impressa Elle alemã publicou uma matéria com o título “O preto está de volta”. Além disso, confundiu duas modelos negras e, é claro, deu o que falar nas redes sociais. O objetivo da matéria era mostrar modelos negras que estão no mercado, mas os internautas não perdoaram a expressão com conotação racista.

Após a grande movimentação na internet, a publicação emitiu um comunicado oficial no Instagram comentando sobre o caso polêmico. No texto escrito pela editora-chefe, Sabine Nedelchev, a revista alemã reconhece que cometeu “vários erros” e se desculpou pelas pessoas que se ofenderam com a situação.

Fotógrafos

Em 2019, diversos fotógrafos foram acusados de assédio sexual. As denúncias contra os profissionais ganharam força nas redes sociais com o apoio de figuras públicas. Em julho, Kim Kardashian publicou no Instagram Stories um texto de apoio às vítimas de Mario Testino.

As manifestações contra o fotógrafo começaram tímidas em 2018, mas, até o fim deste ano, já totalizam 13 denúncias de modelos alegando má conduta sexual. Em julho, Kim finalizou os contratos com seu fotógrafo pessoal Marcus Hyde após ser revelado que o profissional assediava modelos pelo Instagram.

Gucci

Em fevereiro, a grife de origem italiana foi acusada de racismo após lançar um suéter para o outono. A peça de gola alta cobre o pescoço e metade do rosto. Com abertura na boca e contorno em tom vermelho, o item de luxo rendeu acusações de blackface.

Mesmo com o CEO se desculpando e alegando “ignorância sobre o assunto”, personalidades se manifestaram sobre o caso e houve boicote à marca. A Gucci retirou o produto de circulação e nomeou Renée Tirado como a primeira chefe de diversidade, equidade e inclusão.

Kat Von D

A tatuadora Kat Von D foi acusada de apologia ao nazismo por intitular como Selektion um tom de batom de sua famosa linha de maquiagens. O termo era utilizado pelos alemães para escolher os detentos no campo de concentração que seriam executados.

Ano passado, a profissional já havia sido criticada por uma postagem de cunho racista no Instagram. Na ocasião, publicou a foto de um corretivo da marca em frente a um campo de algodão com a seguinte legenda: “Deixe o corretivo fazer todo o trabalho duro por você.”

Loewe

A espanhola Loewe lançou um conjunto de camisa e calça em uma coleção-cápsula que deu o que falar. Disponibilizada em novembro (14/11/2019), a linha foi inspirada nas obras do oleiro inglês William De Morgan, mas a combinação de camisa e calça listrada se assemelha aos uniformes usados em campos de concentração.

No site, o conjunto foi intitulado como Stripe Workwear Jacket White/Black e descrito como jaqueta quadrada com bolsos frontais, inspirado em roupas de trabalho. A peça acompanha um patch de couro aplicado próximo ao peito com o logotipo Loewe em relevo.

Apesar da descrição minuciosa, a marca foi criticada nas redes sociais por perfis como o Diet Prada. A empresa postou um pedido de desculpas no Instagram e retirou o conjunto polêmico do e-commerce.

Moschino

No início do ano, uma ex-funcionária da etiqueta italiana acusou a Moschino de práticas racistas. De acordo com Shamael Lattailade, a unidade da marca em West HollyWood teria códigos internos para identificar clientes negras que entram na loja, aparentemente “sem condições financeiras” para adquirir os produtos da label.

Segundo a denunciante, as clientes eram intituladas como Serena. O caso foi parar na Corte Estadual da Califórnia.

Nike x Skechers

A gigante dos esportes Nike já acusou a rival Skechers quatro vezes por copiar modelos de tênis patenteados.

Em processo movido no mês de outubro, a Nike voltou a sugerir que a concorrente imitou as suas criações exclusivas. Para a empresa estadunidense, os modelos Dots e Mega da linha Skech-Air Jumpin’ aparecem com sistema semelhante ao de amortecimento desenvolvido pela companhia esportiva.

Sephora x SZA

Em abril, a cantora SZA compartilhou, no Twitter, reclamação contra uma vendedora da Sephora. A profissional passou por uma saia justa após uma funcionária da marca chamar a equipe de segurança para averiguar se ela não estava furtando produtos da loja.

Em junho, a rede fechou as portas das lojas por um dia nos Estados Unidos para promover uma oficina sobre diversidade para os 16 mil funcionários. Rihanna, com quem SZA já colaborou em uma música de seu último álbum de estúdio, o ANTI, e dona da marca Fenty Beauty, a qual SZA estava fazendo compras, se encarregou de enviar um cartão vitalício para que possa fazer suas compras na Fenty Beauty em paz!

Versace

A italiana Versace deu inicio às acusações contra a varejista Fashion Nova por plágio do icônico vestido usado por J.Lo há quase 20 anos. Reconhecida pelo público fashionista por desenhar versões inspiradas nas maiores etiquetas do mundo, a loja on-line lançou modelo semelhante ao famoso “jungle dress” usado pela cantora no Grammy Awards de 2000.

Judicialmente, a Versace demonstrou interesse nos lucros que a Fashion Nova arrecadou com as peças copiadas. A empresa italiana também exige, por meio da ação, que a etiqueta suspenda as vendas no e-commerce,  e também pede indenização por danos morais.

Bella Hadid detona a Victoria’s Secret

Criticada a nível internacional por “passar o pano” para a gordofobia, a Victoria’s Secret surpreendeu no mês de outubro. Pela primeira vez, a marca teve banners de uma modelo plus size nas lojas, Ali Tate-Cutler. As imagens foram resultado de uma parceria com a label Bluebella, conhecida pelas campanhas inclusivas. Os seguidores se manifestaram nas redes sociais questionando o conceito de modelo fora do padrão da grife mundialmente famosa – embora ela não tenha sido contratada diretamente pela VS.

Além disso, a empresa foi criticada indiretamente pela top model Bella Hadid, que detonou a Victoria’s Secrets ao afirmar que nunca se sentiu poderosa ao participar dos shows da etiqueta. Apesar de toda a produção e por aparecer impecável, a modelo entregou que não se sentia sexy nas passarelas.

Virgil Abloh

O diretor criativo da linha masculina da Louis Vuitton também entrou pra nossa lista de gafes. Virgil foi acusado de plágio pelos internautas após Gigi Hadid aparecer no CFDA Fashion Awards 19 com look de outono/inverno 2019 assinado por ele.

A mistura de alfaiataria e saia plissada chamou a atenção pela ousadia e elegância, mas, de acordo com um perfil do Twitter, o conjunto vestido pela modelo é um plágio da grife Peter Do. Nos tweets em resposta, outras pessoas concordaram com a acusação. A comparação surgiu também no Instagram.

Loja 03

Tem nome brasileiro na nossa lista de gafes também.

Em maio, a etiqueta carioca Loja Três teve repercussão negativa nas redes sociais por práticas exercidas internamente. Entre os questionamentos levantados, a gordofobia foi um dos tópicos denunciados pelas vendedoras da empresa.

Uma ex-funcionária relatou ao site Universa, do UOL, que os empregados não poderiam estar acima do peso, uma das exigências impostas pela dona da marca, Guta Bion. “Ela dizia que não contrata quem não entra nas roupas dela”, afirmou uma ex-vendedora da etiqueta. Veja abaixo os pronunciamentos da marca.

https://www.instagram.com/p/ByVORtShIhq/?utm_source=ig_web_copy_link
https://www.instagram.com/p/BxstVxHh5de/

O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio abriu investigação contra a grife. A Loja Três publicou uma nota no Instagram para os 119 mil seguidores esclarecendo as acusações.

Fotos: Reprodução.

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