Os agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC), que participaram ontem pela manhã (6), da ocupação do prédio do órgão, no bairro José Bonifácio, podem ser expulsos da AMC, por conta de Processos Administrativos Disciplinares (Pads) que serão abertos contra eles depois que a posse do prédio for retomada pelo poder público, segundo comentou a prefeita Luizianne Lins, hoje. É impossível você achar aceitável uma ocupação em que os próprios servidores da AMC ajam com comportamento abusivo. Terá punição porque não tem justificativa plausível”, disse a prefeita, após uma cerimonia em que empossou 53 médicos aprovados em concurso de 2008.
As investigações que vão tocar os Pads serão conduzidas pela Procuradoria Geral do Município. Quando as investigações acaberem, os agentes poderão receber, desde simples advertências à expulsão. O presidente da AMC, Fernando Bezerra, diz que as imagens do circuito de monitoramento interno serão usadas para identificar os envolvidos. Luizianne tem posição firme quanto a greve e as negociações: “Tenho dito o seguinte: com categoria em greve, não começo negociação. Defendo greve como um direito, mas um direito quando as negociações vão por água abaixo. E não houve esgotamento de negociação”, disse.
Os agentes, alegam que a última vez que a prefeita se reuniu com eles foi em 2006. “Ela (Luizianne) só negocia com médicos”, afirma a presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos, Nascélia Silva. Luizianne diz que os manifestantes querem vinculação do salário à quantidade de multas aplicadas. “Por que a população tem que pagar o preço? A Prefeitura não vai ceder a esse tipo de chantagem! Com esse setor, não tem mais negociação. Chegou ao limite!”. Enquanto isso, a cidade vai sobrevivendo com mais uma categoria que tem atividades paralisadas.
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