Quando você pega um táxi ou mesmo chama um carro por aplicativo, você se interessa em saber um pouco sobre a vida de quem está dirigindo? Mas vocês já notaram que tem motoristas que são tão simpáticos que acabam quase virando “amigos” dos passageiros de tanto que falam, não é mesmo? Tem gente que não gosta, mas tem gente que acaba descobrindo histórias emocionantes nessas simples conversas casuais durante o trânsito. E esse foi o caso de uma mulher que acabou descobrindo que o taxista morava no carro em que trabalhava…
Foi em uma corrida que a bióloga Mariana Monteiro conheceu uma história para lá de emocionante. Jaime Gomes de Oliveira tem 59 anos e é taxista na cidade de São Paulo. Há cerca de seis meses ele viu seu mundo virar de cabeça para baixo. Com o início da pandemia, ele viu o número de corridas cair drasticamente. Mas, ele também precisou enfrentar a morte da mãe e a venda do lugar em que eles moravam. Então Jaime se viu sem ter como pagar uma casa para viver, já que o carro em que trabalha também é alugado. Então, a solução foi passar a morar no carro.
O motorista contou a ela que muitos dias não tinha dinheiro para comprar comida. E que, por sorte, fez amizade com o dono de um posto de combustível que deixava que ele tomasse banho e lavasse sua roupa no loca. Mas que, mesmo assim, a situação não estava nada fácil…
Foi então que Mariana teve uma ideia: criar uma rede de solidariedade. Inicialmente, a ideia era passar o contato de Jaime para os amigos para que eles solicitassem corridas com ele e, assim, aumentassem sua rede. Mas ela se deu conta que ele morava no carro e seria preciso fazer mais. Então ela pediu autorização ao motorista para divulgar a história dele nas redes sociais. Logo, uma vaquinha virtual foi criada a fim de arrecadas dinheiro para que ele encontrasse uma casa para morar.
A meta inicial era arrecadar 65 mil reais. Em cinco dias a meta foi ultrapassada e Mariana arrecadou mais de 100 mil reais para o homem que morava no carro. Com o dinheiro, Jaime disse que ia comprar um carro para não ter mais que alugar e dar entrada em uma casa. Que festival de solidariedade pós-pandemia!