Nebulosa é um videoclipe colaborativo que aborda, com música e dança, questões e limitações emergentes na pandemia atual. A música, gravada originalmente para o álbum “Horizonte Aparente” (Ayrton Pessoa Bob, 2019), ficou fora da publicação e será lançada com o videoclipe.
O vídeo foi construído por meio do convite ao contato e à interação (mesmo à distância); costurado com imagens enviadas por artistas que, ouvindo a música, propuseram, de forma livre, ações relacionadas a um novo habitar. O projeto, aprovado na Convocatório Arte em Rede, estreia no YouTube, instagram e facebook do Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), estreou na última quarta-feira (30).
Junto à música, questões foram enviadas aos performers Juliana Tavares, Débora Ingrid e Gil Rodriguês: “quais seriam as reações, as vontades e as necessidades do corpo que se reforma no mundo em transe para o lugar seguro? Como interagir sem agredir?”.
Para concluir o trabalho, um último artista, Levy Mota, foi convidado para fazer a edição do material, criando e escolhendo conexões entre o que foi produzido e tecendo uma narrativa com imagens e sons. Usando o conceito de ‘nebulosa’ como transição e renascimento, o clipe propõe pensar a própria casa como um outro mundo para habitar, recriada como um lugar seguro pelo poder de transformação das relações pessoais e ambientais. Propõe também esboçar alternativas para o corpo nos gestos cuidadosos das limitações atuais, alternativa que combina escape e conexão.
Trata-se, enfim, da reinvenção da vida, do hábito e do habitat. Reinvenção dos laços: a distância que não afasta ou abandona, o conhecimento que não agride ou distorce.
Fotos: Reprodução / Fonte: Secult
