MP pediu investigação de possíveis crimes de PMs e bombeiros na greve

Acontece

Policiais e bombeiros que participaram da greve encerrada no dia 3 de janeiro, em Fortaleza, vão ser investigados por solicitação do Ministério Público Estadual. Mesmo não tendo recebido punições administrativas, exigência dos grevistas nas negociações, policiais e bombeiros envolvidos na greve estão sob o risco de responderem criminalmente por possíveis delitos cometidos quando a paralisação aconteceu. O pedido foi feito em janeiro pelo promotor Joatan de Castro, e depois encaminhado ao Comando da PM e dos Bombeiros.

O comando da Polícia Militar e dos Bombeiros, responsáveis pelas investigações, tem até março para apresentar ao Ministério Público o resultado dos fatos apurados. Se comprovado o envolvimento dos membros das corporações em algum crime, a pena pode chegar a 20 anos de prisão, e expulsão. Mesmo o governo assegurando nas negociações que medidas que implicassem na punição dos grevistas não seriam tomadas, o acordo não impede, e nem poderia impedir a atuação do Ministério Público no caso.

Em entrevista ao Jornal O Povo, o procurador-geral de Justiça, Ricardo Machado, disse que “O MP é obrigado a requisitar investigações, condensá-las em um inquérito e analisar se houve crime. Isso não está sequer na esfera da vontade. Ele é obrigado a tomar as iniciativas”. Na greve da categoria no estado da Bahia, que durou 12 dias, a polícia é suspeita de ter cometido cerca de 25 homicídios, para poder gerar mais medo na população e pressionar o governo. Esperasse que as investigações não apresentem nenhum fato parecido como ocorrido na Bahia. Afinal, a polícia é uma das instituições em que mais a população deposita votos de transparência e honestidade.

 

Foto: Reprodução

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