Quem conhece ou convive com pessoas com qualquer tipo de deficiência, sabe o quanto é importante elas conquistarem a própria independência. Afinal, quanto maior a necessidade delas de alguém fazer as coisas por ela, mais complicada pode ser a vida. Então, pensando nisso, um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um dispositivo que, para muita gente, pode ser bobagem. Mas que, para deficientes visuais, é uma ajuda e tanto na hora de uma coisa simples como tomar uma medicação. Estamos falando de um conta-gotas sonoro!
Muitas pessoas não fazem ideia da dificuldade para pessoas cegas ou com baixa visão de lidar com determinadas medicações. Remédios que são administrados em gotas, por exemplo, são extremamente complicados. Então, estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveram um conta-gotas sonoro chamado de Ping. O dispositivo funciona de forma bem simples. Ele possui um sensor que emite um bip sonoro a cada gota que passa por ele. A ideia aqui é auxiliar na contagem e evitar erros na dosagem das medicações – que todos sabem que pode trazer consequências indesejáveis.
O conta-gotas sonoro foi feito em uma impressora 3D e desenvolvido de forma a ter um baixo custo. Segundo os pesquisadores, o item mais caro é a bateria de portão eletrônico, que custa entre R$ 3 e R$5. Ele foi feito após uma empresa holandesa “contratar” a universidade para desenvolver o dispositivo. Uma aceleradora de start-ups também se envolveu no projeto, que está em fase de finalização. Ou seja, em breve o Ping começará a ser comercializado.
Mas quem diria que um simples conta-gotas sonoro poderia ser a solução dos problemas de muita gente, não é mesmo? Isso é inclusão!
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