CNBB lança a Campanha da Fraternidade 2012 sobre saúde pública

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Como de costume, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou nesta Quarta-feira de Cinzas(22), a 49ª Campanha da Fraternidade. Com o tema Fraternidade e Saúde Pública, a Campanha acontece todo ano para os católicos no período da quaresma. Ela pretende sensibilizar os fiéis e órgãos públicos sobre a situação das pessoas que enfrentam longas filas de atendimento e falta de vagas em hospitais públicos do país. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, não acha exagero dizer que a saúde pública no país não vai bem.

Na cerimônia de lançamento da Campanha, que contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, dom Leonardo criticou o corte feito pelo governo federal no orçamento da saúde. “Preocupa a decisão do governo de cortar cerca de R$ 5 bilhões na área da saúde, no atual exercício fiscal, e frustrar, ao término da longa discussão da Emenda Constitucional 29, a expectativa por maior destinação de recursos à saúde”, disse o Steiner. Os cortes no Orçamento deste ano, totalizaram R$ 55 bilhões. O Ministério da Saúde foi a pasta que mais teve corte nos gastos, R$ 5,47 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional.

Mesmo com os cortes no orçamento, Alexandre Padilha, disse que o investimento feito este ano na Saúde, é 17% maior que em 2011, R$ 72 bilhões. “O aumento de R$ 13 bilhões é o maior aumento nominal que já existiu de recursos para a saúde de um ano para o outro, desde o ano 2000. O meu papel como ministro não é ficar esperando os recursos virem, mas, sobretudo, fazer mais com o que temos”, afirmou o ministro. Padilha ainda fala que o debate sobre o financiamento da saúde continua e será mais amplo com o apoio da campanha da fraternidade.

O texto base que orienta as discussões da Campanha, expõe as grandes preocupações da Igreja com relação à saúde pública, como a humanização do atendimento aos pacientes e o financiamento da saúde pública, classificado pela confederação, como “problemático e insuficiente”. A entidade critica ainda a escassez de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Mas também reconhece grandes avanços, como a redução da mortalidade infantil, a erradicação de algumas doenças infecto-parasitárias e o aumento da eficiência da vacinação e do tratamento da aids. Em Fortaleza a Campanha também começou oficialmente ontem, em uma missa na Catedral, e hoje (23), o arcebispo metropolitano Dom José Antônio Marques dará uma entrevista coletiva no Centro de Pastoral Maria Mãe da Igreja.

 

Foto: Reprodução

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