Você lembra como era a vida antes das plataformas de streaming? Serviços como Netflix, Amazon ou Globoplay não estão em nossa rotina há tanto tempo assim, mas parece que já não podemos viver sem, não é mesmo? Mas vocês já se perguntaram como seria a relação de deficientes visuais ou auditivos com esses serviços de streaming? Pois bem, pensando nisso é que surgiu a PingPlay, uma plataforma digital que terá filmes acessíveis tanto para surdos quanto para cegos!
De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, 45.6 milhões de pessoas são declaradas deficientes no Brasil. Dessa porcentagem, há um destaque para a parcela de deficientes visuais e auditivos, sendo estes o correspondente a 23,9% da população brasileira. Diante dessa realidade, a ETC Filmes, maior produtora de conteúdos acessíveis para filmes no Brasil, sentiu a necessidade de criar uma plataforma com filmes acessíveis a essa parcela da população brasileira. “Queremos promover a inclusão levando entretenimento audiovisual para essa camada da população, que por vezes carece de opções digitais verdadeiramente inclusivas” comenta Cássio Koide, CEO da ETC Filmes em entrevista ao Blog do Armindo.
Como funciona a plataforma?
A PingPlay estará disponível a partir do dia 15 de março. Para acessar o serviço, basta acessar o site (www.pingplay.com.br). O ambiente virtual foi desenvolvido pensando na melhor experiência para deficientes visuais e auditivos, após uma longa pesquisa com o público-alvo. Uma equipe de profissionais com deficiência também avaliou a plataforma. Então, a navegação online será bastante lúdica para os usuários. Mas a ideia é que, em breve, também seja possível acessar os conteúdos por meio de aplicativo que está sendo desenvolvido tanto para sistemas iOS quanto Android.
“Há anos estamos produzindo acessibilidade para praticamente todo mercado: desde grandes estúdios, distribuidoras independentes a pequenos produtores. Infelizmente todo esse conteúdo ficou guardado, não tinha como chegar ao consumidor. Com essa plataforma vamos mudar esse cenário. Por isso criamos a PingPlay”, finaliza Koide.
Quem não tem nenhuma deficiência não pensa na importância de ter filmes acessíveis a todos até ler esse tipo de notícia, hein? Que iniciativa!
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