Startup cria cosméticos a partir de frutas feias que iam para o lixo

Hype Curioso|Hype por Aí|Hypeando

Todos os anos, o Brasil desperdiça cerca de 30 milhões de toneladas de alimentos. Para dar uma ideia, somente na colheita, o desperdício é de 10%. Então, durante o transporte e armazenamento, o número gira em torno de 30%. Já no comércio e no varejo, a perda é de 50%, enquanto nos domicílios 10% vai para o lixo. Muitos desses alimentos, principalmente frutas e verduras, são deixadas de lado simplesmente pela sua aparência. isso porque elas estão aptas para o consumo, mas não são suficientemente bonitas para serem levadas para casa. Então, uma espanhola resolveu dar um fim digno para essas frutas feias: transformá-las em cosméticos!

frutas feias

Júlia Roca Vera é uma jovem design que não se conformava com tamanho desperdício. Então, ela resolveu criar a Lleig, uma startup dedicada a transformar frutas feias – e outros vegetais desprezados pela aparência – em cosméticos. Mas não qualquer tipo de cosméticos. A empresa é focada em skincare de altíssima tecnologia.

Em um estudo publicado no site Springwise, com uma única laranja, Vera consegue obter óleos essenciais para a produção de até quatro tipos diferentes de produtos voltados para a rotina de cuidados com a pele. Ou seja: o potencial de reaproveitamento e renda é gigantesco! Mas não pensem que a preocupação de Vera se resume só em evitar o desperdício de alimentos. Isso porque até as embalagens de seus produtos foram cuidadosamente pensados. Feitos em cerâmica e reutilizáveis, eles estimulam o consumidor a comprar apenas o refil.

Laranjas e outras frutas feias

Por enquanto, a startup tem desenvolvido produtos apenas a partir dos óleos extraídos das laranjas, mas Vera garante que a técnica funciona com outros vegetais. Inclusive, ela já ficou uma parceria com uma ONG que trabalha com o recolhimento de frutas e verduras próprias para o consumo, mas que iriam para o lixo pela aparência. “A natureza nos desenvolve em diferentes formas e tamanhos, mas criamos um código binário que nos classifica como ‘feios’ ou ‘bonitos’. Então, fazemos o mesmo com as frutas. Pessoalmente, acho que será bom adaptar esse conceito e mostrar que a qualidade é mais importante do que a aparência”disse a jovem em uma entrevista.

Mas e você, é do tipo que deixa uma fruta para lá só porque ela não está tão bonita? E usaria um cosmético feito a partir de frutas feias?

Fotos: Reprodução

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