Em novembro de 1974, estreava nos cinemas um dos filmes que se tornaria clássico do terror e que apavora muita gente ainda hoje. Estamos falando de O Exorcista, considerado por muitos um dos filmes de terror mais assustadores de todos os tempos. E um dos fatos que deixam tudo ainda mais assustador é que ele foi inspirado em uma história real e um casal acabou comprando a casa onde tudo teria acontecido…
O filme foi inspirado no livro lançado em 1971 e que conta a história de um menino de 14 anos que foi possuído por um demônio. O caso foi extensamente relatado na mídia. O menino foi levado ao hospital, mas sem melhora. Os cômodos da casa eram frios, móveis se mexiam e o menino falava uma língua estranha. Logo ele foi considerado possuídos. Foram cerca de 30 sessões de exorcismo até que ele fosse finalmente liberto. Existem vários documentos nos hospitais onde o menino foi tratado. E o jornal The Washington Post também cobriu o caso, chegando a colocar a história na capa no dia em que ele foi liberto.
História de O Exorcista não afastou compradores
Mas nada disso foi capaz de assustar Danielle Witt e Ben Rockey-Harris. Isso porque eles compraram a casa onde tudo isso aconteceu. Na verdade, eles não sabiam desse “detalhe” na hora da compra. “Fiz muitas pesquisas, olhei se havia convênios. Encontrei a empresa que fez o deck nos fundos. Encontrei sua licença para isso. A única coisa que não procurei no Google foi sobre o bairro de Cottage City em si”, disse Danielle Witt ao NPR.
Mas depois, eles afirmaram que saber disso não fez lá muita diferença. “Honestamente, a primeira coisa que pensei foi: ‘Isso vai diminuir nosso valor de revenda’. Sabe, às vezes, você tem que pensar sobre isso. E também, eu não tinha ideia de que isso era baseado em uma história real”, contou ela. Danielle acredita que demônios se apegam a pessoas, não a locais, e que isso é mais assustador. Saber que, independente de onde a pessoa esteja, ela é tão vulnerável quanto qualquer outra é que dá medo.
Já seu marido Ben é ateu e simplesmente não acredita em nada disso. Para ele, o medo é de nunca conseguir revender o imóvel caso algum dia queiram mudar de cidade. Para ele, “ainda que a criatura diabólica fosse real, foi embora com seu hospedeiro”. Agora o único “incômodo” que o casal sente são as visitas de curiosos e as pessoas tirando fotos em frente à residência. Então, para entrar na onda – e dar aquele susto nos vizinhos – Ben, que trabalha com TI, nomeou sua rede wifi para “Pazuzu”, o nome do demônio que teria possuído o menino.
Então, teriam coragem?
Fotos: Reprodução