Dizer que uma temporada de Black Mirror tem algum episódio bizarro é praticamente chover no molhado, afinal, desde sua primeira temporada ela entrega tramas que parecem simplesmente absurdas – mas que no fundo a gente tem medo de que um dia se tornem realidade. Pois bem, após um hiato de anos, na última semana a 6ª temporada de Black Mirror finalmente estreou na Netflix e logo no episódio de abertura traz uma trama tão bizarra que teve gente querendo cancelar a assinatura por isso.
O primeiro episódio é intitulado “A Joan é Péssima” (Joan is Awful no original em inglês) e traz a atriz Annie Murphy no papel de Joan. Ela é apenas uma mulher comum que tem lá seus segredos. Um dia, ela demite publicamente uma pessoa. Depois, ela confessa para o terapeuta que acha seu relacionamento entediante e que, inclusive, está pensando em ter um caso com um ex que ela reencontrou.
“Black Mirror” ataca a própria Netflix
Até aqui o episódio ne parece tão absurdo; Porém, quando Joan chega em casa, ela liga a TV para assistir Streamberry – a plataforma de streaming do universo Black Mirror – e começa a ver, junto com o noivo, um programa chamado A Joan é Péssima, em que Salma Hayek interpreta Joan. O casal então começa a assistir ao programa que, na verdade, é uma versão dramatizada da vida de Joan, incluindo todos os detalhes sórdidos e segredos dela.
No dia seguinte, a mesma coisa acontece, o que faz com que Joan procure seu advogado. Ela então descobre que não pode fazer nada, uma vez que o Streamberry tem “permissão” para fazer tais adaptações uma vez que ela concordou com os Termos e Condições ao fazer a assinatura. Mas a bizarrice não para por aqui. Isso porque essa Joan também era uma representação dramática da verdadeira Joan – vivida por Kayla Lorette.
É o encontro de Black Mirror com Inception que chama?
Assinantes ficam desconfiados
Com uma trama que parodia de forma intensa a própria Netflix, Black Mirror deixou muita gente com a pulga atrás da orelha. Afinal, quem de fato lê os Termos e Condições antes de assinar um streaming, por exemplo? Será que a Netflix poderia fazer o mesmo com seus assinantes?