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Quem nunca sentiu aquela tremida no olho, principalmente quando está sob muito estresse? Pois bem, isso é um blefaroespasmo, ou seja, um certo “descontrole” das pálpebras. Mas pouca gente sabe que essa condição, que aparenta ser bem inocente, para algumas pessoas, se torna algo constante e doloroso, impedindo-as de fechar os olhos e viver normalmente.
Esse é o caso de Tia-Leigh Streamer, uma mulher que convive com o blefaroespasmo há anos. A jovem, que mora na Inglaterra, um belo dia acordou sem conseguir abrir os olhos. E não se tratava de nenhuma infecção ou conjuntivite, mas suas pálpebras simplesmente não respondiam ao comando cerebral de abrir.
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Após ir ao médico, Streamer descobriu que tinha um caso severo de blefaroespasmo. E pior: sua condição, além de ser raríssima, não tinha cura. Desde então, a jovem, de apenas 20 anos, precisa fazer aplicações regulares de Botox em suas pálpebras para tentar manter algum controle. Contudo, sem as doloridas injeções, que precisam ser feitas basicamente uma vez ao mês, ela simplesmente não consegue abrir os olhos.
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Nesses casos, a única forma dela ficar com as pálpebras abertas é colando os cílios com fita adesiva. Porém, nesse caso, o problema é que ela não consegue piscar, o que também pode afetar severamente sua visão. “Quando colo ou coloco fita adesiva nos meus olhos, não consigo piscar de jeito nenhum… Tenho mais chances de realmente danificar meus olhos e, então, perder possivelmente a visão“, declarou ela ao jornal The Sun.
O que é blefaroespasmo, a doença que não deixa abrir os olhos
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O blefaroespasmo é um distúrbio neurológico raro que causa contrações involuntárias e repetitivas dos músculos das pálpebras. Em muitos casos, ele aparece quando a pessoa está extremamente ansiosa ou estressada, mas também pode ser causado por fatores como fadiga, luz intensa, cafeína e certos medicamentos. Tais espasmos se manifestam naquelas famosas, porém incômodas, remidinhas na pálpebra. Na maioria das vezes, é uma sensação leve e temporária, mas que nem sempre requer acompanhamento médico, a menos que seja persistente.
Embora não haja cura para o blefaroespasmo, existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. E o principal deles é, justamente, o uso da toxina botulínica, o Botox. O princípio age bloqueando os sinais nervosos que chegam aos músculos, reduzindo as contrações e permitindo que os olhos se abram. Em alguns casos, pode ser recomendado uma cirurgia para remover os músculos responsáveis pelas contrações, no entanto, ela pode trazer sequelas como a dificuldade de fechar os olhos ou piscar, além de alterações significativas nas expressões faciais.
Já pensou levar uma vida sem conseguir abrir os olhos? E se você sente algo parecido, já sabe: tá na hora de visitar o médico!
Fotos: Reprodução