Fortaleza Necrópole: o passeio entre túmulos que revela o lado mais sombrio e fascinante da capital cearense

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Fortaleza Necrópole

O Mês do Terror hoje vem com uma dica imperdível de programa para quem é de Fortaleza. Afinal, Nem todo passeio histórico acontece sob o sol da capital cearense. Alguns pedem o silêncio da madrugada, o som arrastado dos passos sobre a brita e o frio que desce pelas costas quando o vento sopra entre os túmulos. É nesse clima, então, que o projeto Fortaleza Necrópole transforma o Cemitério São João Batista, o mais antigo da cidade, em um verdadeiro portal para o passado — e, segundo muitos visitantes, talvez também para o além.

Quer saber detalhes sobre o local e o passeio?

Cemitério São João Batista: entre a história e o sobrenatural

Fundado em 1866, o São João Batista é um dos cemitérios mais antigos e importantes do Ceará. Seus portões guardam mais que corpos: ali repousam memórias da Fortaleza antiga, de políticos a artistas, passando por figuras esquecidas que ajudaram a construir a cidade. Mas é ao cair da noite que o lugar ganha outro tipo de vida.

Durante as visitas guiadas organizadas pelo Fortaleza Necrópole, os guias — verdadeiros contadores de histórias — conduzem o público por vielas repletas de esculturas e túmulos centenários. Enquanto a lanterna ilumina rostos de anjos de pedra cobertos de musgo, surgem narrativas sobre lendas urbanas, crimes antigos e aparições misteriosas. Ou seja, tudo o que qualquer amante de histórias paranormais gosta!

Fortaleza Necrópole

Dizem que em certas noites, o som de passos ecoa quando não há ninguém por perto. Alguns visitantes afirmam ter visto sombras se movendo entre os jazigos, ou ouvido sussurros que não vinham do grupo. Coincidência? Sugestão? Ou algo mais? O fato é que o passeio mistura turismo, memória e misticismo, criando uma experiência que fascina até quem não acredita em fantasmas.

Fortaleza Necrópole: turismo, arte e um flerte com o além

A proposta do Fortaleza Necrópole é resgatar o lado esquecido da cidade por meio de uma narrativa que une arte, arquitetura e lendas urbanas. Cada visita é guiada pelos professores Sandoval Matoso e Thiago Roque, e pensada como uma imersão na Fortaleza do século XIX, quando epidemias, duelos e tragédias ajudaram a moldar o imaginário popular.

Além do São João Batista, o projeto também promove debates sobre o patrimônio funerário, encenações e até oficinas que discutem o cemitério como espaço cultural. A ideia pode parecer macabra, mas revela um olhar poético sobre o tema: conhecer o passado, inclusive o dos mortos, é uma forma de entender melhor o presente.

E é nesse limite entre o histórico e o sobrenatural que o passeio se torna tão irresistível — tanto para quem busca um bom susto quanto para quem aprecia histórias bem contadas.

Curtiu a ideia? Então a gente deixa a dica: leve uma lanterna, calçados confortáveis e, principalmente, a mente aberta. Nunca se sabe quem — ou o quê — pode cruzar seu caminho entre os túmulos.

Fotos e vídeos: Reprodução

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