
A crítica aos algoritmos das redes sociais não é nova, e vira e mexe, novas plataformas surgem. Pois bem, por que não dar a chance a uma rede social que além de ser brasileira, ainda é cearense? Pois é, assim como muita gente, o cearense Afonso Alcântara também estava cansado de ver sempre as mesmas coisas. Foi daí que nasceu a Poosting, uma rede social 100% brasileira que promete devolver aos usuários o controle sobre o que veem, sem interferência de algoritmos, bolhas ou patrocínios disfarçados.
A ideia pode até parecer simples, mas vem dando certo: lançada em 2025, a Poosting já ultrapassou a Bluesky em número de downloads no Brasil e começa a atrair olhares curiosos de quem busca uma internet “menos artificial”. E o mais curioso? A sede da empresa fica em Fortaleza (CE), mostrando que inovação digital também fala com sotaque nordestino.

Sem algoritmo, sem likes e com muito DNA brasileiro
Na Poosting, o feed é cronológico. Ou seja: o que aparece primeiro é simplesmente o que foi postado mais recentemente. Nada de inteligência artificial escolhendo o que você deve ver, nem impulsionamento automático de influenciadores. Outro detalhe: não há contagem pública de curtidas ou seguidores. Em vez disso, os posts recebem votos positivos ou negativos — uma forma de medir relevância sem transformar engajamento em vaidade.
Segundo o criador, a proposta é “trazer de volta o sentido original das redes sociais: trocar ideias sem precisar disputar popularidade”. E pelo visto, o conceito deu certo. Afinal, a plataforma já soma mais de 130 mil usuários cadastrados, e o valor de mercado foi estimado em cerca de R$ 6 milhões, segundo o jornal Diário do Nordeste.

Poosting, Threads ou Bluesky: qual vale mais o seu tempo?
O Poosting, além de ser 100% brasileiro, aposta no feed cronológico e votos em vez de curtidas. Além disso, sua simplicidade, leveza e transparência foram pensados para agradar quem foca em proteção de dados e facilidade de navegação.
Já o Threads é uma criação da Meta — mesma empresa dona do Facebook e Instagram — que veio para competir com o X, antigo Twitter. Ele possui integração com o Instagram e uma base de usuários infinitamente maior que o Poosting. Porém, essa dependência das remais redes da meta faz com que cada passo do usuário seja rastreado por algoritmos. O resultado? Uma enxurrada de conteúdos indesejados e anúncios.
Por fim, o Bluesky é outra alternativa, criada por Jack Dorsey, um dos fundadores do Twitter. Essa rede veio justamente como resposta à venda da rede social a Elon Musk. Assim como o Poosting, o foco em controle de dados também se destaca no Bluesky, porém mesmo sendo uma companhia internacional, a base de usuários também é relativamente pequena e muitos acham a rede um pouco difícil de usar.
Em resumo, enquanto Threads aposta na força do Instagram e Bluesky tenta reinventar a arquitetura das redes, o Poosting conquista pelo fator autenticidade — um projeto local, leve e com uma comunidade em crescimento orgânico. Ou seja: diferencial aqui é emocional. Usuários descrevem a plataforma como “o Twitter raiz com alma brasileira”.

E dá pra testar?
Sim! O Poosting está disponível para Android e iOS, e o cadastro é gratuito. Basta criar uma conta e seguir perfis de interesse. O feed começa limpo, sem anúncios e sem sugestões automáticas — o que causa estranhamento nos primeiros minutos, mas logo vira alívio.
A plataforma já planeja lançar novos recursos, como comunidades temáticas e espaços de discussão em áudio. Se mantiver a proposta transparente e o espírito colaborativo, pode se tornar o primeiro grande case de rede social nacional.
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