
Hoje, 18 de novembro, é o dia de aniversário de Mickey Mouse, o mais famoso personagem da Disney. Então, todo ano, quando chega essa data, a internet se enche de declarações de amor para o querido camundongo. O que muita gente não imagina, porém, é que por trás do sorriso eterno, das luvas brancas e do otimismo infinito existe um lado bem menos fofinho — quase secreto — da história do ratinho mais famoso do planeta.
A criação do Mickey nunca foi somente o resultado de um momento de inspiração. Ela envolve contratos quebrados, disputas por direitos, censuras, experimentações malucas e algumas coincidências que fariam até o Pateta arquear uma sobrancelha. E é justamente por isso que, no aniversário dele, vale revisitar as sombras que o rodeiam. Afinal, todo ícone tem seu lado oculto. Vamos descobrir qual é o do Mickey?
O Mickey nasceu de uma traição — e quase virou um coelho vingativo

Antes do Mickey existia Oswald, the Lucky Rabbit, um personagem criado por Walt Disney para a Universal. Quando Walt descobriu que a empresa tinha registrado Oswald sem seu consentimento, ele se sentiu traído. Isso porque, com o registro, ele perdeu o direito ao próprio personagem e ainda viu boa parte da equipe abandonar o estúdio para trabalhar no concorrente.
Humilhado e furioso, Disney desenhou no trem de volta para casa um novo personagem. Ele começou como um coelho vingativo, que depois virou rato. Inicialmente, ele recebeu o nome de Mortimer (que Lillian, esposa de Walt, achou horrível) e só então ganhou o nome Mickey. Quem diria que a fofura poderia nascer da fúria — literalmente.
A risada do Mickey surgiu de uma gambiarra improvisada por Walt Disney

Os primeiros curtas do Mickey exigiam um sincronismo perfeito entre som e animação, algo revolucionário na época. Aliás, a primeira animação de Mickey Mouse, o Steamboat Willie, marcou a história do cinema justamente por esse sincronismo. Mas o problema era que ninguém conseguia dublar o personagem do jeito que seu criador queria. Em seguida, Walt Disney, irritado com a falta de precisão, resolveu fazer ele mesmo.
Resultado: a risada icônica do Mickey não veio de um ator, mas da impaciência de seu próprio criador. Mas o mais curiosos é que Walt acreditava que nunca conseguiria atuar profissionalmente.
O Mickey já foi considerado perigoso para crianças e até já sofreu censura oficial

Embora hoje quem mais celebre o aniversário do Mickey Mouse sejam as crianças, o personagem já foi visto como inadequado para o público infantil. Em 1930, psicólogos e grupos conservadores reclamaram que ele era “bruto, agressivo e desordeiro”. Em um dos curtas mais criticados, The Karnival Kid, Mickey solta falas sugestivas e faz movimentos que, para os padrões da época, eram considerados escandalosos.
Alguns jornais chegaram a pedir que o personagem fosse banido. Isso obrigou o estúdio a suavizar a personalidade do rato, que, no início, era mais travesso e menos moralmente “perfeito”.
Mickey Mouse quase morreu nas mãos da própria Disney, mas foi salvo pelo público

Nos anos 1940, o estúdio Disney acreditava que Mickey estava “sem graça” demais. Afinal, seus companheiros de histórias Donald, Pateta e Pluto tinham personalidade mais forte, e o próprio Walt não se empolgava em criar novos curtas para o camundongo. Chegou-se a cogitar deixar Mickey de lado nos projetos da empresa.
Mas o público reagiu. As vendas de produtos dispararam, as cartas dos fãs pressionaram o estúdio. Assim, Mickey virou, oficialmente, o símbolo máximo da empresa. Ou seja, não foi bem uma escolha da Disney fazer de Mickey Mouse seu principal garoto-propaganda, mas porque o público simplesmente se recusou a deixá-lo “morrer”. Ou seja, o ratinho sobreviveu ao próprio criador!
Quem diria que, por trás do personagem que canta, dança e sorri sem parar, existe um rato nascido da vingança, moldado pela censura, temido pelas crianças e salvo pelos fãs? Agora me conta: dessas curiosidades, qual foi a que mais destruiu sua visão “fofinha” do Mickey?
Fotos e vídeos: Reprodução





