Após um período sem dar muito as caras em filmes, o ator Rodrigo Santoro surpreendeu ao estrear na Netflix com um drama extremamente tocante e sensível. Trata-se do longa O Filho de Mil Homens, adaptação do romance de Valter Hugo Mãe. A história acompanha Crisóstomo, um pescador interpretado por Rodrigo Santoro, que vive sozinho numa vila costeira e carrega um desejo profundo: ser pai. Quando esse sonho começa a parecer impossível, o destino aproxima dele pessoas tão quebradas quanto ele — e dispostas a formar, juntas, uma família que nasce da escolha e não do sangue.
O longa preserva a poesia presente na obra original e constrói uma atmosfera íntima, marcada por silêncios, gestos simples e planos contemplativos. A seguir, veja mais detalhes sobre o filme, que definitivamente merece uma chance no seu final de ano!
Rodrigo Santoro entrega um dos papéis mais delicados da carreira
Santoro se tornou sinônimo de personagens inesquecíveis, e em O Filho de Mil Homens não é diferente. No entanto, agora Santoro aparece longe de personagens grandiosos e assume aqui a força da vulnerabilidade. Como Crisóstomo, ele interpreta um homem comum, marcado por perdas, cansaço e esperança. Sua atuação prioriza olhares, pausas e pequenas expressões que revelam muito mais do que as palavras. O personagem funciona como eixo emocional da narrativa. Assim, conforme encontra outras figuras solitárias, ele se torna um ponto de acolhimento. Mas, ao mesmo tempo, alguém que também precisa de acolhimento.
Vale, ainda, destacar a química com Johnny Massaro e Rebeca Jamir, que vivem Cerdo e Isaura. Esse relacionamento aprofunda o tema da adoção simbólica. Além disso, fortalece a mensagem central: famílias podem ser escolhidas e reinventadas.
As filmagens aconteceram na zona litorânea de Portugal, onde a luz natural e o clima mais nebuloso ajudaram a construir a identidade visual do filme. Rodrigo Santoro revelou que as condições reais de vento, mar e temperatura influenciaram como ele interpretou Crisóstomo. Isso porque as cenas exigiam vulnerabilidade física e emocional.
O filme é baseado em fatos reais?
A sensibilidade e entrega dos atores fizeram muitas pessoas se questionarem se o longa se tratava de uma história real. Mas a resposta é: não. Apesar de parecer íntima e plausível, a história não é inspirada em um caso real.
Ela nasce do livro homônimo de Valter Hugo Mãe, conhecido por misturar poesia, melancolia e um toque de realismo mágico. A adaptação, por sua vez, mantém esse espírito.
A recepção pela crítica foi positiva. Críticos destacaram o trabalho preciso de Santoro e a estética intimista, que carrega o ritmo particular das histórias de Valter Hugo Mãe. Nas redes sociais, o público comenta principalmente a sensação de “tristeza bonita” que o filme provoca — aquela que abraça, aperta e, ao mesmo tempo, conforta.
O Filho de Mil Homens é um filme para quem deseja sentir, não apenas acompanhar uma trama. A narrativa traz um retrato sensível da solidão masculina, da formação de novas famílias e da busca por pertencimento. O desempenho de Santoro é um destaque à parte, e a fotografia — sempre próxima do mar — reforça a ideia de movimento, transformação e entrega.
Então já sabe: aproveita esse final de ano para curtir o longa! Está disponível na Netflix!
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