A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou ontem (19), o relatório Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um Olhar sobre as Unidades da Federação. O estudo mostra as taxas de trabalho formal no Brasil, a diferença de jornada de trabalho entre homens e mulheres e o acesso que jovens negras têm a escola e trabalho.
Segundo a OIT, a crise financeira internacional não afetou a formalização do trabalho no Brasil. Pelo contrário, de acordo com o estudo, a taxa de formalidade no país teve aumento de 53,6% entre 2003 e 2010, o que corresponde a um crescimento anual médio de 5,5%. O maior pico de formalização do trabalho foi registrado em 20o9, a taxa de formalidade no país teve aumento de 53,6% entre 2003 e 2010, o que corresponde a um crescimento anual médio de 5,5%.
Foram cerca de 44 milhões de pessoas que encerraram o ano de 2010 com emprego formal, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Outro dado positivo apontado pelo relatório foi o crescimento significativo da formalização no Norte (85,7%) e no Nordeste (64,9%).
Outras matérias sobre o relatório da OIT
Crise financeira internacional não afetou trabalho formal no Brasil
Jovens negras têm menos acesso a escola e trabalho
Mas ainda é no Nordeste, onde se encontram os estados com as menores taxas de formalização: Piauí (25,9%) e no Maranhão (29,9%). As taxa mais altas estão em São Paulo (69,1%), Distrito Federal (69%) e Santa Catarina (68,8%).
“Em linhas gerais, há evolução positiva do indicador. O que não quer dizer que não persistam os desafios. Há uma grande variabilidade no território nacional, dada a dimensão continental do Brasil. Daí a necessidade de regionalização das políticas públicas”, informou a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo.
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