As mortes provocadas pelo ebola em Uganda (leste da África) já chegam a 16. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 312 casos que estão sob análise, um total de 32 já foram confirmados como sendo da doença.
A OMS enfatiza que o surto permanece restrito ao distrito de Kibaale, no Oeste do país, já que todas as amostras colhidas de pacientes residentes em outras localidades apresentaram resultados negativos para a doença. No entanto, a organização recomendou que o Quênia, Ruanda, o Congo, o Sudão e a Tanzânia, países que fazem fronteira com Uganda, reforcem as barreiras sanitárias. No Quênia, dois casos suspeitos de ebola foram descartados.
Doença infecciosa grave, a febre hemorrágica ebola tem uma taxa de mortalidade de cerca de 90%. O vírus é transmitido por animais selvagens e se espalha pela população humana apenas pelo contato direto. Não há tratamento ou vacina disponível para a doença.
O representante da OMS em Uganda, Dr. Joaquim Saweka, disse que graças aos esforços rápidos o vírus não tomou proporções maiores. “Nós imediatamente enviamos uma equipe com especialistas e suprimentos para o distrito de Kibaale, onde o surto começou,” explica. “Assim, fomos capazes de ajudar o distrito com a resposta imediata e eficaz.”
Como resultado dos esforços conjuntos de todos os parceiros, o escritório da OMS em Uganda espera que seja possível acabar com este surto, sem que se propague ainda mais, nas próximas semanas se não meses. O ebola foi detectado pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire (atual República Democrática do Congo), perto do rio Ébola, e acabou servindo de nome para o vírus.
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