Muito em breve, o Centro Histórico de Fortaleza ganhará novas cores! São ao todo 10 imóveis inscritos em um importante projeto de restauração e deverão ser avaliados por uma comissão especial, que deverá destinar o financiamento para recuperação de alguns deles. Essa é uma iniciativa do Ministério da Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Prefeitura de Fortaleza e o Banco do Nordeste.
Segundo Célia Monteiro, coordenadora de Patrimônio Histórico da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), nesse primeiro momento, serão disponibilizados cerca de R$ 3 milhões para as restaurações dos imóveis. Os locais foram divulgados do fim da semana passada, em audiência pública, na sede da Secultfor. Entre os bens à serem restaurados está a Farmácia Oswaldo Cruz, que fica na Praça do Ferreira, e a sede da Associação Comercial do Ceará, que fica bem próximo ao Passeio Público.
Depois da escolha dos imóveis, o próximo passo agora será a visita aos locais selecionados, para saber se os orçamentos estão de acordo com o imóvel à ser restaurado. “Uma equipe irá visitar os bens para avaliar os possíveis reparos”, explica Célia Monteiro.
De acordo com a arquiteta do Iphan, Célia Perdigão, a Capital Cearense é a primeira cidade do Brasil a receber esta ação, que deverá se repetir em todo país. “Pela equipe ter se organizado logo, seremos os primeiros a testar a iniciativa”, destaca. Outros imóveis também serão beneficiados em cidades como Aracati, Viçosa e Sobral.
Ainda segundo a coordenadora, esse tipo de parceria ajuda também na celeridade do tombamento dos imóveis. “Tradicionalmente, a Estação João Felipe, a Praça General Tibúrcio e os prédios importantes na história da educação, como o Colégio Justiniano de Serpa, são locais interessantes para o tombamento. O Iphan já iniciou os estudos para esse processo. Para concluirmos, é só uma questão de tempo”, comenta.
Existem várias vantagens para os que solicitaram o financiamento, entre elas estão o juro de 0%, o que possibilita que o valor solicitado seja pago em até 15 anos. E falando em valores: o dinheiro para a restauração dos imóveis variam bastante, conforme o solicitado pelo proprietário. A Associação Comercial do Ceará foi a que pediu o maior valor (R$1,078 milhão). O projeto inclui, Recuperação de fachadas, consolidação estrutural, instalações elétricas e hidrossanitárias e de prevenção contra o incêndio, custos cartoriais e também o mobiliário.
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