O cineasta brasileiro Fernando Meirelles acaba de lançar um novo trabalho, o filme “360”. O longa é cheio de sensações, onde o expectador pode fazer diversas indagações: “Afinal, para onde vão esses personagens?”, “Do que esse filme quer tratar?”, “Que filme é esse?”. E tudo isso só fica claro no final da obra.
E é exatamente no espetáculo da existência humana que “360” se situa. O longa trata de passageiros de um mundo globalizado e solitário. No primeiro caso, a globalização mostra-se incapaz de concretizar as suas promessas de aglutinar o mundo em desequilíbrio e, no segundo, superar as adversidades entre nações e pessoas.
O enredo é posto pelo diretor em sete línguas diferentes (alemão, árabe, eslovaco, francês, inglês, português e russo), o que sinaliza a comunicação como o principal elemento da conectividade. Formando uma raça que pulsa pela nossas individualidades. Mundo e gente totalmente conectados, mas mesmo assim bastante distintos!
O novo trabalho de Fernando Meirelles apenas nos leva a perceber que o mundo e a globalização estão em um processo irrefreável e selvagem de ebulição.
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