Brasil é o 4º mais perigoso para o exercício da profissão de jornalista

Acontece

Um levantamento feito pela ONG Press Emblem Campaign (PEC) apontou que nos seis primeiros meses de 2012, seis jornalistas foram mortos no Brasil. O número coloca o país na quarta posição no registro de jornalistas mortos no período. Uma situação considerada de violência e atentado à liberdade de imprensa que matou 110 jornalistas neste início de ano. No ano passado, foram registradas as mortes de 107 profissionais de imprensa no mundo.

Já na América Latina o Brasil aparece como o país mais violento para o exercício da profissão de jornalista, seguido por Honduras, pela Bolívia, pela Colômbia, pelo Haiti e pelo Panamá. A PEC listou os 21 países mais violentos. Na relação estão a Síria, que registrou 21 mortes em mais de um ano de crise; o México, que identificou oito e vive um combate entre o governo e os cartéis de drogas e armas; a Somália, que vive uma guerra civil e registrou seis mortos; o Paquistão, que registrou seis mortos; o Brasil, também com seis e Honduras, com quatro.

A lista é composta também por Filipinas que registrou quatro mortos, a Nigéria, três, a Bolívia dois, a Índia também dois. O Afeganistão identificou um jornalista morto, assim como o Barhein, a Colômbia, o Haiti, a Indonésia, o Iraque, o Nepal, Uganda, o Panamá e a Tailândia. Ainda segundo a PEC, que atualiza seus dados mensalmente, de 2007 a 2011, 545 jornalistas foram mortos.

As estatísticas usadas pela PEC são relacionadas a mortes suspeitas entre jornalistas, correspondentes, freelancers, cinegrafistas, técnicos de som, técnicos, fotógrafos, produtores, administradores e jornalistas de online. Os dados não incluem motoristas, seguranças nem tradutores, por exemplo.

A organização informou que recebe informações de associações de imprensa, sindicatos e federações, assim como das Nações Unidas. A análise dos dados se baseia em quatro categorias: as vítimas que são alvos intencionais, os que são mortos acidentalmente, os relacionados a causas criminais, como no caso de traficantes, e fatores desconhecidos.

 

Foto: reprodução 

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