Havana, Cuba, está sendo o cenário para uma das negociações de paz mais esperadas dos últimos anos. Lá estão reunidos um grupo de representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército do Povo (EPP), para mais uma etapa de negociações com o governo colombiano em busca de um acordo de paz. Autoridades de Cuba, da Venezuela, da Noruega e do Chile fazem a mediação entre as partes. Uma reunião mais ampla ocorrerá no dia 17, em Oslo, na Noruega.
O processo de negociação que fazer com que tanto as Farc, quanto o EPP, aceitem um plano de retirada dos homens das áreas de selva para colaborar com as ações de resgate, por exemplo. Segundo Orlando Jurado Palomino, o porta-voz das Farc, conhecido como Hermes Aguilar, a delegação está na região de Antioquia. O grupo é chefiado pelo comandante Michael Páscoa.
Estima-se que hoje as Farc reúnam entre 8 mil e 9 mil integrantes. No auge do conflito armado que já dura quase meio século gerando violência, mortes, sequestros e vários crimes, acredita-se que a guerrilha tenha reunido 20 mil membros.
Nos últimos anos, vários reféns foram libertados do poder das Farc. Alguns deles, como os policiais resgatados em uma operação do Exército Brasileiro, em abril de 2011, viviam há mais de 10 anos sobe o poder da organização.
Ontem (9), a presidenta Dilma Rousseff conversou com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos e disse que o Brasil se dispõe a cooperar com a Colômbia no processo de paz. Santos lembrou que o Brasil é um grande jogador regional no processo e tem credibilidade. Em setembro, as autoridades colombianas e as Farc iniciaram as negociações.
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