Cada vez mais famílias no Brasil estão sendo conduzidas exclusivamente por mulheres. Em 2000, 22,2% das famílias eram chefiadas por mulheres no país, já no último levantamento, em 2010, esse número passou para 37%,3. Os dados estão na pesquisa Censo Demográfico 2010 – Famílias e domicílios – Resultados da Amostra, divulgada ontem (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números mostram que, pelo menos nesse aspecto, as diferenças entre homens e mulheres estão ficando cada vez menores. Os casais que dividem a responsabilidade na manutenção do lar, nos domicílios ocupados por apenas uma família, representam 34,5, o que soma 15,8 milhões de casas.
O número de unidades domésticas unipessoais (com apenas um morador), também aumentou. Em 2001, eram 9,2%, já em 2010 passaram para 12,1%. Em muitos dos casos esse domicílios são ocupados por idosos, que já perderam seus cônjuges e cujos filhos já saíram de casa.
“Há estudos que mostram que [isso] não é economicamente sustentável, um problema que tem ocorrido muito em países desenvolvidos. Nos países escandinavos, 40% das unidades domésticas são de pessoas que moram sozinhas, isso preocupa tanto pela questão econômica quanto pelo comportamento. No Brasil, esse fenômeno está começando a se configurar com as pessoas mais idosas”, explicou a coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Saboia.
Essa situação é verificada no caso de 39,5% das mulheres e 10,4% dos homens, enquanto entre os solteiros a proporção sobe para 58,9% dos homens e cai para 38,7% das mulheres.
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