Poluição cotidiana

Cultura

 

Às vezes paro e penso numa coisa que é tão simples: o quanto um som alto incomoda. Você não consegue pensar, o som da sua voz fica tímido e se perde no meio de toda aquela barulheira… A mesma coisa acontece com as estrelas no céu: estão todas lá, dezenas de milhares, visíveis a olho nu. Mas, nas grandes metrópoles, as luzes artificiais se sobressaem, e poucas conseguimos ver. E toda a poluição que a humanidade produz – mais e mais – contribui para essa dificuldade… 

Agora imagine o seu dia-a-dia, você acorda, toma um café rápido, chega no trabalho; depois, mal (ou nem) deu pra acabar o que tinha pra fazer e já sai pro almoço, às vezes almoça em casa, mas muitas vezes acaba em um almoço de negócios e volta logo pro trabalho… No final do dia, pega “aquele” trânsito, chega em casa morto de cansado, toma um banho, come alguma coisa e já se prepara pra dormir e começar o novo dia… Isso se repete todos os dias, todos os meses e todos os anos… O ser humano está sempre ocupado… Mas a grande pergunta é: pra quê? Muito simples: sobreviver… Sustentar sua família, ter direito a algum lazer quando sobra tempo…

Todas essas situações são tipos diferentes de poluição – essa última é a poluição cotidiana… As pessoas não tem mais tempo pra pensar, estão sempre ocupadas com a difícil tarefa de satisfazer suas necessidades básicas, estão sempre em volta de poluição.

Todos sabemos que no Helenismo tivemos nosso ápice de cognição e intelectualismo, e desde então vivemos nos desviando para alguma coisa não muito evolutiva, para o fomento da lucratividade e o acúmulo de posses… Sendo o objetivo ideal elevar nossa mentalidade social ao máximo.

Como amante de tecnologia em termos gerais, só me resta depositar a esperança da evolução da humanidade na observação de que tudo que existe em torno dessa área está voltado ao conforto e comodismo e, quem sabe, a humanidade, com muito tempo livre, não faça uso do ócio criativo e acabe evoluindo por acidente…

Inscreva-se na nossa newsletter