A maternidade é um estado natural da evolução feminina e reproduzir é uma das funções do ser humano para dar continuidade a espécie. Mas, para muitas mulheres, o sonho de ter um filho pode tornar-se um pesadelo. Para as mulheres que têm dificuldade de engravidar, existem hoje em dia muitos métodos, tratamentos e procedimentos que podem ajudar. Mas como ainda podem ser considerados novidades no meio médico, é preciso ter muito cuidado com as consequências de tais tratamentos. Este é o caso, por exemplo, da fertilização In Vitro. Segundo um estudo realizado pela Academia Americana de Pediatria, e apresentado durante a Conferência Nacional de Exposições, em Nova Orleans, nos Estados Unidos, a fertilização in vitro pode aumentar significativamente o risco de problemas congênitos, ou seja, doenças que aparecem no nascimento.
De acordo com o estudo, apesar do aumento de fertilização in vitro nos EUA, a relação entre o método e as doenças congênitas é pouca conhecida. Ainda assim, dados mostram que crianças que nasceram por meio de fertilização apresentam problemas principalmente nos olhos, coração, sistema urinário e órgãos reprodutivos.
Especialistas acreditam ainda que as más consequências podem estar associadas aos cuidados pediátricos e recursos usados para fazer a fertilização. De acordo com Centro de Controle de Doenças, a Califórnia tem a maior taxa de uso de fertilização no país. Por isso, pesquisadores analisaram o histórico de bebês nascidos na região, levando em conta tratamentos que as mães fizeram para engravidar, idade, gestações anteriores, sexo das crianças, ano de nascimento e problemas congênitos.
No geral, 3.463 bebês apresentaram defeitos de nascença entre 4.795 que realizaram fertilização in vitro e 46.025 concebidos naturalmente. Segundo a mesma pesquisa, defeitos congênitos aparecem em 9% dos casos de fertilização in vitro contra 6,6% para gestações naturais.
“Para os pais que consideram a fertilização in vitro ou outras formas de tecnologia de reprodução assistida, é importante que eles compreendam e discutam com o médico os riscos potenciais do procedimento antes de tomar uma decisão”, constatou Kelley-Quon, o cientista responsável pelo estudo.
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