O silêncio da derrota e a gritaria do vandalismo

Acontece

A boa campanha do Fortaleza durante o ano, em especial na fase classificatória para sair de uma vez por todas da Série C do Campeonato Brasileiro, foi adiada pela terceira vez. Em uma derrota na noite de ontem (11), por 3 a 1, no Estádio Presidente Vargas lotado no jogo contra o Oeste, o sonho do tricolor de subir para a Série B, ficou para depois.

Com uma marcação forte, o time do técnico Vica viu à sua frente um adversário que não se entregaria tão facilmente. Mesmo com a vantagem de apenas um empate em zero a zero que concederia a volta do Leão à Série B do Brasileiro (dado o empatado em 1 a 1 no jogo de ida, em Itápolis – SP) o Oeste não deu espaço para o tricolor mostrar a que veio.

Torcedores?

No final do jogo, a torcida do Fortaleza vendo que o time não tinha chances de virar o placar começou a depredar o estádio. Cadeiras foram quebradas e junto com outros objetos arremessadas para o campo, ao mesmo tempo em que os tricolores foram ao embate da torcida adversária. Seguranças do estádio que tentaram impedir os atos de depredação acabaram sendo agredidos também.

Em entrevista ao Jangadeiro Online, o titular da Secretaria dos Esportes, da Cultura e do Lazer (Secel), Nildo Sobral, disse que mais de 300 cadeiras foram danificadas no estádio. Sobral falou indo que vai pedir a intervenção do Ministério Público para que o clube pague os danos no PV, já que não é possível identificar os responsáveis.

O titular da Secretaria de Em uma contagem preliminar que os funcionários do estádio fizeram dos estragos, já tinham 65 cadeiras quebradas. Vários objetos e garrafas plásticas também estavam espalhados pelo gramado e por todo o estádio.

Não é a primeira vez que a torcida do Fortaleza pratica atos de vandalismo e violência, tanto nas dependências do estádio, como fora dele. Em jogos anteriores, como o da final Campeonato Cearense, no primeiro semestre do ano, tanto o Fortaleza como o Ceará tiveram que arcar com os custos do vandalismo de seus torcedores.

As atitudes das torcidas motivam o questionamento de, até que ponto o Estatuto do Torcedor que prevê punições para situações como essas, está sendo colocado em prática; essas pessoas são torcedores? E na copa do mundo, como será?

 

Fotos: reprodução 

Inscreva-se na nossa newsletter