Hudson Cordeiro entrevista a DJ Eve Mendes

Entretenimento

Começamos com uma errata (rs) , não por minha parte, mas na decisão de cancelarem o ilustre  Dj Roger Sanchez. Esse demorou demais pra se apresentar por aqui, mas valeu o intuito assim mesmo, com nossa esperança de que ele seja convidado novamente.

Aconteceu ontem minha participação no programa Feeling Club na Beach Park  FM (as quintas 23 hrs), com ótima conversa além da gentileza dos djs Fil e Deo Meneses em me receber com tanta atenção e descontração, como é de praxe. Obrigado novamente!

Inaugura em breve novo clubinho na cidade. Pela direção artística da casa, temos certeza de boa música e um futuro próspero ainda esse ano!

 Acontece também no Boteco Praia novo projeto com a turma da Feeling, encabeçado por Dj Fil e Deo, e vários convidados de peso as sextas feiras em um cenário incrível ,no Sunset Boteco Praia  grupo também comanda as sextas feiras mais comentadas da cidade no recém inaugurado L4 Club. Presença confirmada hoje 23/11 com a Dj Carol Legally e line up super bacana!

Hoje temos uma das mais atuantes djs locais, se apresentando constantemente , marcando o público com singularidade e improviso. Eve Mendes manda seu recado com bastante entusiasmo!!!

Hudson Cordeiro –  Como foi sua trajetória na música antes de se tornar dj? O que ou quem te influenciou?

Eve Mendes – Eu já toco a quase seis anos! O tempo passa muito rápido! Fui apresentadora de tv por dez anos e todos os programas a qual apresentei, foram programas relacionados a música! Acabei conhecendo muita gente e convivendo com ótimos artistas! Muitos deejays e produtores, o que ajudou no conhecimento de forma mais aprofundada sobre a música eletrônica… Então me apaixonei pela arte da discotecagem, juntei uma $$$$$ e acabei investindo na compra dos meus próprios equipamentos e montando uma espécie de mini estúdio com o passar do tempo! Sempre fui muito determinada nas minhas escolhas profissionais e sou o tipo de pessoa que encara tudo na vida com muita seriedade! Se era pra ser dj, eu queria ser a melhor dj mulher do País! Quanta pretensão (rs)! Comecei a tocar pelo simples fato de adorar aprender sobre tudo! Tenho uma mente muito aberta e gosto de me permitir coisas novas sempre! Sou meio nerd! (rs) Fiz um curso com o apoio da Jovem Pan FM, na época e aprendi o básico: Mixar! E me dedicando, é claro, a muitas horas de pesquisas sérias em busca de encontrar sons que traduzissem minha personalidade e o bom gosto que faz parte da minha essência, acabei achando meu lugar! E posso dizer que estou feliz com o som que faço! Na realidade estudei a minha infância inteira música! Toquei violino, piano, fiz aulas de canto… Estudo até hoje, inclusive produção musical… Enfim, a música sempre esteve presente da forma mais intensa… O resto foi só consequência!

 HC – Quais foram os melhores eventos em participou e que tocou ultimamente?

EM – Venho sendo semanalmente surpreendida com a quantidade e qualidade de clubs que ando conhecendo em minhas apresentações! O Brasil é um lugar vasto de estilos e incrivelmente adaptado para a realização de eventos  distintos musicalmente, inclusive nos mesmos ambientes! A música eletrônica a cada dia ganha mais espaço e destaque em nosso País… Quando você menos espera, escondido em cidades no meio do nada, existem clubes extremamente bem estruturados e com um ótimo sound system! Tento tocar em todos os lugares possíveis hoje, não restringindo meu público apenas nas capitais! Já toquei nos piores e melhores clubes do País! rs. Tenho minhas casas favoritas! Em termos de técnica sem dúvida tocar na Arena (Tenda Eletrônica Fortal), na Heineken FullMoon, na Riviera Golf Party da Selekta e no Arte Music Festival! (abrir o show da Jennifer Lopez e tocar para um público de 30 mil pessoas sem dúvida foi minha experiência mais excitante como deejay atualmente!) Mas, se tratando de vibe, tocar em clubs como a DEdge (São Paulo), Clash Club (São Paulo), Bielle (Paraná), Lique (Curitiba), NoMuro (Florianópolis), DuroBeach (Cumbuco), Guarderia (Fortaleza), L4 Up Club (Fortaleza) é sempre indescritível… Não tenho como deixar de citar o MOB Festival, considerado um dos melhores eventos onboards do planeta, a qual sou embaixadora e grande divulgadora a anos e espero em 2013 estar presente mais uma vez, para tocar quem sabe, e continuar prestigiando o som de grandes amigos deejays e produtores incríveis! Particularmente tenho um amor imenso pela Europa e posso citar alguns clubs que conheço, curto bastante e que toquei ou como atração principal ou fazendo WarmUp para nomes geniais como: Ricardo Villalobos, Nina Kraviz, Loco Dice, Richie Hawtin! Cookies (Berlin) / OPO (Portugal) / Canastro Castelo de Paiva (Portugal) / Castelo-Forte S.João Baptista (Portugal) / Sens Club (Paris) / Queen Club (Paris) / Andy Walloo (Paris) / Matignon (Paris) / Le Pub Saint Germain (Paris), gigs deliciosas que fizeram parte da minha turnê “HOUSE MUSIC FOR YOUR SOUL” e que dão sequência em 2013, já com shows pré-agendados também em Ibiza, Grécia e Dubai.

HC –  Você se considera uma dj conceitual, comercial ou as duas coisas?

EM – Me considero uma deejay de verdade! Sem rótulos! Toco musica boa e apenas isso define meu estilo! Faço o que posso para passar o meu melhor para as pessoas nas minhas apresentações! Respeitando sempre a ideia de se fazer um som pra todos! Acho que o grande lance de ser dj é isso! Saber dosar a música da melhor forma, equilibrando a pista de um jeito que ela possa responder ao que você quer transmitir ao tocar! É mais uma questão de consciência do que de preconceito… Toco o que as pessoas querem ouvir, misturado ao que eu gostaria que elas ouvissem… Pra mim, ser político musicalmente é a fórmula certa para agradar a todos! Principalmente porque é pra eles que a festa é feita! Não posso tocar apenas o que eu acho que devo compartilhar ou querer educar o ouvido das pessoas para um tipo de som específico, porque pessoas já cresceram educadas e cientes do que gostam ou não e do que querem ou não ouvir na pista! Tem público pra tudo e esse público se renova a cada show e o que faço na pista também vai muito do tipo de festa e do horário que me contratam! Prefiro logicamente tocar o que toca minha alma e me enche de feelings bons! Gosto de sons musicalmente mais elaborados e não da pobreza de timbres e beats cansados que tanto a gente escuta tocando nas pistas do Brasil ultimamente. Música pra mim precisa ser inteligente e criativa! Não apenas modinha! Precisa ter groove! Precisa me emocionar! Então meus sets são gordos de baixo, violinos, instrumentos de corda em geral e piano! Hoje toco DEEP HOUSE, SOULFULL HOUSE e HOUSE MUSIC!

 HC – O que deve ser mudado na concepção profissional, se necessário, no mercado de musica eletrônica local?

EM – Tudo! Começando pela cabeça fechada das pessoas e pela hipocrisia aqui vivenciada! Pela falta de respeito dos parceiros de profissão, que pagam as contas com indicações das mesmas pessoas que eles insistem em queimar por despeito! A falta de respeito e valorização aos profissionais locais também é algo exaustivo! Culpa não só dos contratantes, mas da cena local que insiste em aceitar um cachê ridículo e não atuado no restante do País, para se tornar um escravo prostituído da vaidade e da oportunista amizade de donos de clubes e organizadores de eventos daqui! Penso que a música precisa ser compartilhada na intenção de distribuir alegria e feelings positivos para as pessoas. Não causar disputas de arrogância, ego e vaidade! A música deve unir e não desunir pessoas! Adoraria também que a grande maioria fossem as festas muito mais para curtirem o som, para relaxarem, sentirem mais o que esta tocando e parassem de ficar pedindo música a toda hora e desrespeitando o trabalho dos deejays! Um deejay não é uma jukebox pessoal! Ele estudou pra fazer aquilo e compartilhar coisas novas também e sons que você não ache facilmente sintonizando na sua rádio popular favorita! Meu foco é a venda do meu trabalho nacionalmente e internacionalmente! Portanto mesmo tendo nascido em Fortaleza e ter uma propriedade na cidade onde passo alguns meses por ano, não sou uma deejay residente local! Invisto nos meus shows no Sul! Porque é no Sul, onde passo mais tempo no ano! Também invisto MUITO em marketing e não pago minhas contas com EGO! Pago com meu trabalho! O que não é mérito da minha sorte, mas mérito do meu modesto talento precoce, da minha garra, determinação, do meu estudo diário, esforço, dedicação, da humildade da qual aprendi a escutar mais, observar mais e julgar ou criticar menos… Mérito da minha metodologia de trabalho, que não limita minha expansão apenas onde eu habito! 

 

HC – Quem são os Djs locais que te apoiam?

EM – Não sei e não me interessa saber que dj apoia ou deixa de apoiar meu trabalho na cidade de Fortaleza! Mas, sei quem apoia meu trabalho NO MUNDO e pra mim, a opinião dessas pessoas me basta! Posso citar a revista mais conceituada de música eletrônica no Brasil ELECTROMAG, uma das melhores rádios de França (Paris) SEXY RADIO, empresas mundialmente conhecidas como a SKULLCANDY e nomes dos melhores deejays e produtores que conheço e muitos inclusive já tocaram ou produziram algum som comigo! Além de ídolos, amigos e parceiros, são pessoas queridas e profissionais que conhecem meu trabalho e que admiro imensamente! (Samuel j, Steven Lee, Armin Joos, Wide Open Mind, Kenzo Tominaga, Rey Vercosa, Rodrigo Arjonas, Rafael Diefentaler, Brych&Brandz, HiflyLive, Marcelo Sá, Antônio Eudi, Ane Ferraz, Dani Maiztrovicz, Juliana Barbosa e Marcelo Carlesso); Além do principal apoio e confiança do meu empresário Gabriel Rossato, dono do label a qual faço parte (FEMALE ANGELS) e de uma das melhores agências de djs femininos do mundo! (PLAY AGENCY).

HC – Você produz música?

EM – Um pouco! Sempre sendo supervisionada por outros produtores amigos e parceiros que confio, afinal ainda sou estudante de produção musical e não me sinto completamente segura para fazer minhas finalizações sozinhas. Sempre acho que nunca está bom o suficiente!  Tenho diversos cursos inacabados na área e muita falta de tempo pra terminar muita coisa que comecei! Acho que tenho umas 15 músicas incompletas se eu for catalogar tudo(rs)! Já ajudei na construção de beats, síntese, harmonia melódica e vocal para alguns produtores no Brasil. Posso citar o próprio Kenzo Tominada e o meu namorado, o músico inglês Samuel J. (Que já fez muito live comigo no Sul do País! e é um dos artistas mais completos e talentosos que conheço! (Sony Music Artist, considerado um dos músicos mais promissores da Inglaterra). Bom, adoraria dar seqüência a um curso de atualização e aperfeiçoamento com caras como: Paulo Tomé (WIDE OPEN MIND), Carlos Francisco (SP RECORDINGS), Rey Vercosa (HYPNO) e Antônio Eudi (TRANSMIT MUSIC), mas preciso organizar melhor meu tempo para conciliar novos estudos de produção, com a agenda de shows e com meus trabalhos publicitários.

 

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Fotos: Reprodução

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