Ainda na fase da pré-adolescência, Reynaldo Ganecchini vivia na casa da avó materna, no interior de São Paulo. Ali, naquele lugar tranquilo, o jovem teve em uma goiabeira um refúgio, onde tinha um encontro consigo mesmo. E era para esse local, guardado em sua memória, que o ator projetava seus pensamentos nos momentos mais difíceis da vida.
E foi nesse movimento natural, durante seu tratamento contra um câncer linfático, que se conduziu o livro “Giane – Vida, Arte e Luta”, biografia escrita por Guilherme Fiúza. Concebida em quatro meses, a biografia relembra a trajetória do ator; percorre a infância, os amores e a batalha vencida pela vida. “Foi mais do que uma terapia. Eu via muitas imagens, sentia cheiros da infância. Foi um mergulho intenso e um papo muito honesto. Foi na conversa com Fiuza que me dei conta das viradas da minha vida”, disse o ator.
Vitória pela vida!
Após a vitória contra o câncer, Gianecchini se permitiu um ritual rejeitado desde a infância. Voltou a comemorar aniversários. “Achei que era necessário, fazer 40 anos e depois de tudo que eu passei. Mas não penso em continuar. Eu gosto mesmo é da festa dos outros”, ressalta.
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