Campanha da ONU pelo fim da violência contra a mulher vai até 2015

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Em 2008, o secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, lançou a campanha “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres”, um esforço de vários anos com a finalidade de prevenir e eliminar a violência contra as mulheres e meninas em todas as partes do mundo. Segundo informações da ONU, em média 70% das mulheres sofrem violência durante alguma etapa de suas vidas.

“Existe apenas uma verdade universal, aplicável a todos os países, culturas e comunidades: a violência contra as mulheres nunca é aceitável, nunca é perdoável, nunca é tolerável”, diz Ban Ki-moon.

Mulheres com faixa etária entre 15 e 44 anos correm mais risco de sofrer estupro e violência doméstica do que de câncer, acidentes de carro, guerra e malária, de acordo com dados do Banco Mundial, diz a ONU. As formas de violência são as mais diversas e perversas possíveis e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), vão desde violência sexual praticada pelo marido, a mutilação genital, tráfico de pessoas e “homicídio em defesa da honra”, praticado em muitas sociedades quando as mulheres são suspeitas de praticar sexo pré-matrimonial ou acusadas de adultério.

A UNA-SE convoca os governos, a sociedade civil, as organizações de mulheres, os jovens, o setor privado, a mídia e todo o sistema da ONU para unir forças para erradicar o fenômeno global da violência contra as mulheres e meninas. A campanha quer até 2015, atingir cinco objetivos em todos os países:

  • Adotar e fazer cumprir leis nacionais para combater e punir todas as formas de violência contra mulheres e meninas.
  • Adotar e implementar planos de ação nacionais multissetoriais.
  • Fortalecer a coleta de dados sobre a propagação da violência contra mulheres e meninas.
  • Aumentar a consciência pública e a mobilização social.
  • Erradicar a violência sexual em conflitos.

No Brasil, entre 1980 e 2010, foram assassinadas mais de 92 mil mulheres. Na última década o número de mortes aumentou 230%, segundo informações do Mapa da Violência 2012. Ainda segundo o Mapa, o Ceará é 22º estado da Federação em número de assassinatos, foram 174 em 2010. Já no levantamento por municípios, Barbalha, cidade da Região Metropolitana do Cariri, aparece em 13º lugar no ranking de homicídios femininos.

“Precisamos nos unir. A violência contra as mulheres não pode ser tolerada, de nenhuma forma, em nenhum contexto, em nenhuma circunstância, por nenhum líder político nem por nenhum governo”, salienta Ban Ki-moon.

 

Foto: reprodução

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