Relatório indica que metade da comida produzida no mundo vai parar no lixo

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O relatório Global Food; Waste not, Want not (“Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira”, em tradução livre), da Institution of Mechanical Engineers (IMechE), uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido, indicou que até metade da comida produzida a cada ano no mundo, ou cerca de dois bilhões de toneladas, vão parar no lixo.

Os motivos levantados pelo documento que implicam em tanto desperdício, vão desde condições inadequadas para armazenamento dos alimentos a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos. Outro fator constatado foi o desperdício de recursos usados para a produção, como água, áreas para agricultura e energia, alertou o relatório.

Com estimativa de que a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas até 2075, um acréscimo de 3 bilhões em relação à população atual segundo a Organização da Nações Unidas (ONU), se faz urgente adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.

De acordo com o relatório, o equivalente a entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, nunca são ingeridos.

“A quantidade de comida desperdiçada e perdida no mundo é assombrosa. Isto é comida que poderia ser usada para alimentar a crescente população mundial além de aqueles que atualmente passam fome”, diz o Tim Fox, diretor da (IMechE).

Enquanto todos esses alimentos vão parar no lixo, populações passam fome por todo o mundo. No Haiti, por exemplo, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (cuja sigla em inglês é Minustah), ONU, informou que mais de 500 mil pessoas no país necessitam de “ajuda imediata”. Segundo o cálculo, pelo menos 81,6 mil pessoas sofrem de desnutrição imediata, inclusive crianças.

 

Foto: reprodução

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