“Temos Papa”. Já no 2º dia do Conclave a fumaça branca anunciou que os 115 cardeais votantes escolheram o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, como o novo papa da Igreja Católica Apostólica Romana. O 264º sucessor de Pedro ocupava o cargo de arcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires desde 28 de fevereiro de 1998.
Antes da benção Urbi et Orbi (“à cidade [de Roma] e ao mundo”), o papa Francisco pediu que os fiéis que estavam na Praça de São Pedro o abençoassem. “Rezem por mim, e nos veremos em breve”, disse.
Como será o novo papa?
Difícil prever. Na verdade, só o tempo dirá como o novo papa irá se comportar e quais serão suas posturas frente a Cúria Romana, criticada pelo seu jogo de poder, manipulação e por ter contado muito para a renúncia de Bento XVI.
Jesuíta
Bergoglio faz parte da maior ordem religiosa da Igreja Católica hoje, a Companhia de Jesus. Ela conta com 19.216 membros espalhados por 112 países em 6 continentes. No Brasil são conhecidos pela sua atuação na área educacional com colégios e faculdades em todo o país.
Muitos membros da Companhia de Jesus têm uma forte atuação política e compromisso na defesa dos direitos humanos, o que levou alguns dos seus membros a serem rotulados como subversivos e perseguidos. Exemplo claro disso, foi o assassinato de seis jesuítas mortos pelo exército Salvadorenho, em 16 de novembro de 1989, no campus universitário da Universidade da América Central, em San Salvador.
Dia 13
A escolha do novo papa se deu no dia 13. A data é marcada pela devoção católica a Nossa Senhora de Fátima.
Francisco
A escolha do nome ao qual será chamado no pontificado geralmente é uma referência que o novo papa faz a alguém significativo na história da Igreja. Mostra muito da linha que o pontífice vai seguir. Ao escolher ser chamada de Francisco, primeiro na história, Bergoglio faz lembrar são Francisco de Assis. O santo católico tinha como marcas a fraternidade, simpatia e caridade expressada principalmente no acolhimento dos excluídos.
Latino
O papa Francisco é também o primeiro papa da América Latina em toda a história. Terá o desafio de, junto com a Igreja dessa parte do mundo, não deixar que a crise que a Igreja Católica passa na Europa chegue até aqui. Além das cobranças que passará sobre o crescimento dos novos movimentos e os estigmas criados em torno da Teologia da Libertação, criticada por Bento XVI, que espera uma resposta mais acolhedora da estrutura maior da Igreja.
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