Uma ópera do compositor e músico italiano Antonio Vivaldi (1678-1741), foi apresentada mundialmente essa semana, em um festival de música na capital da República Tcheca, com um detalhe interessante: a última vez que a peça havia sido representada foi há 284 anos! A obra foi cuidadosamente reconstruída por um especialista tcheco, pois ela já havia sido dada como “perdida”.
A ópera se chama “La Unione della Pace, e di Marte”, e Vivaldi a criou especialmente para comemorar o nascimento das filhas gêmeas do rei francês Luís 15, em 1727. A maioria de suas partituras foram perdidas, com exceção de seus libretos (que contêm os diálogos e a história da peça), pois haviam sido distribuídos ao público.
Frequentemente, muitos compositores da época, inclusive Vivaldi, reaproveitava árias para serem usadas em diferentes óperas. A partir dessa confirmação, o músico tcheco Ondrej Macek, reconstruiu a obra rara “La Unione della Pace e di Marte”, com isso, ele percebeu que muitas das melodias da ópera já eram conhecidas.
“Lendo o libreto pela primeira vez, constatei que muitas melodias não me eram desconhecidas. Como o compositor não tinha muito tempo para criar esta serenata, logicamente utilizou trechos de outras óperas”
Em 2008, o músico também já havia reconstruído outra obra de Vivaldi, a “Argippo”, lançada em 1730 e esta passou 278 anos sem ser apresentada publicamente.
