Você sabia que reprimir a raiva não é o melhor caminho para resolver uma situação de stress? O No Pátio explica como contornar momentos difíceis – em que controlar esse sentimento parece impossível – e preservar a saúde física e mental.
Coração acelerado, sangue fervendo e dentes cerrados! Você fica assim quando está com raiva, e ainda por cima, tem vontade de pular no pescoço de quem provocou tudo isso? Quase sempre, evitar “estourar” de raiva é uma maneira de não demonstrar destempero, descontrole ou falta de educação. Mas, estes sentimentos que não foram manifestados por meio de uma discussão, conversa ou até mesmo de gritos nada amigáveis, podem aparecer de outras formas. Comportamentos agressivos, hostis e gastrites fazem parte de alguns dos sintomas do controle excessivo da raiva.
Desde criança, é passado para nós que a raiva é um sentimento negativo e típico de pessoas mal educadas e grossas. O ideia de que demonstrar a raiva é o caminho mais curto para afastar as pessoas e causar má impressão também está no imaginário das pessoas há muito tempo. Mas sentir raiva e até manifesta-la de forma correta é saudável ao organismo, alivia tensões e tira o peso das palavras não ditas. A partir de uma situação ruim, que gera desconforto, é que o ser humana busca meios para promover mudanças necessárias.
No livro “Como Lidar com Raiva no Trabalho e Transformá-la em Resultados Positivos”, o autor explica que muitos resultados positivos aparecem após momentos de crise profissional, que afeta o lado pessoal, e que somento depois de muito desgaste e quando a raiva é demonstrada, surgem as melhorias. A ira é um sentimento inerente ao ser humano e deve ser expressa na medida certa, nem mais nem menos. Em ambiente familiar ou doméstico, os limites também aparecem, muitas vezes, em situações de raiva. Isso força o ser humano e se impor. Sentir raiva é inevitável, da mesma forma como é inevitável não sentir fome, dor, sede ou cansaço.
Desde o surgimento da psicologia positiva, há 12 anos, foi possível comprovar os benefícios de “explodir” nos momentos de raiva. Mas, o até o termo “explodir” tem seus limites. Quanto a raiva é expressa de forma excessiva, passa a ser prejudicial ao corpo e a mente. Segundo pesquisas, em momentos de fúria, diversas áreas do cérebro relacionadas ao desejo são ativadas e ajudam a focar as atitudes. Depois da consciência do que incomoda, o próximo passo é livrar-se desse incomodo e a raiva aparece como mecanismo para isso.
Conheça sete dicas para lidar com a raiva de forma saudável
Encare as situações geradoras da raiva;
1. Reduza a emoção usando o pensamento consciente;
2. Reconheça os sentimentos dos outros e os seus;
3. Não fique se justificando nem coloque a culpa no outro;
4. Não deprecie a si mesma nem ao outro;
5. Administre a crítica, transformando-a em feedback;
6. Procure um acordo e a solução.
Antes de esconder esse sentimento na tentativa de não demonstrar que a situação não agradou muito, pense bem e mostre de forma equilibrada que você está sim com raiva! Afinal de contas, um pouquinho de raiva não mata e não faz mal a ninguém!
