Fortaleza possui nono pior índice entre as capitais

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Apesar de ter registrado crescimento de 15,6% nos últimos dez anos, Fortaleza possui atualmente o nono pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre as capitais brasileiras. Os dados fazem parte da pesquisa “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, divulgada ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Em 2000, a capital cearense tinha um IDHM de 0,652, nível avaliado como “médio” pela pesquisa. Dez anos depois, o índice subiu para 0,754, alcançando o status de “alto” e colocando a capital cearense na 467ª posição entre os municípios brasileiros. O índice – versão do IDH utilizado pela Organização das Nacões Unidas (ONU) – varia de 0 a 1, sendo este o valor melhor avaliado.

No Ceará, Fortaleza conta com o mais alto IDHM. Outras cidades, como Sobral, Crato e Eusébio, também apontaram um índice classificado como “alto”. Já o Estado, embora tenha observado, na última década, um crescimento de 26% – maior do que a média brasileira (18%) –, ainda possui um IDHM “médio”, de 0,682. Entre as unidades federativas, o Ceará é o 11º pior avaliado. No Nordeste, porém, o índice do Estado fica abaixo apenas do registrado pelo Rio Grande do Norte.

A realidade cearense acompanha o crescimento dos números nacionais. Entre 2000 e 2010, o País cresceu 18%, alcançando IDHM de 0,727. Quando comparado com o índice registrado em 1991, a avaliação saiu de “muito baixo” para “alto”. Em 2010, apenas 0,6% dos municípios brasileiros foram considerados como “muito baixo”.

Avaliação
Para o professor e coordenador do núcleo de economia do Observatório de Políticas Públicas da Universidade Federal do Ceará (UFC), Aécio Oliveira, o crescimento do IDHM dos municípios brasileiros deve ser avaliado com cautela.

“O IDH, apesar de ser uma alternativa ao PIB (Produto Interno Bruto), não é um índice completo porque não leva em consideração fatores como a dimensão ambiental e os índices de violência. Então não podemos basear o desenvolvimento de uma nação nele”, comenta. Segundo Aécio, o crescimento brasileiro pode estar associado a variáveis como o crescimento do PIB e o acesso à educação.

O professor atribui o aumento acima da média dos índices cearenses às “condições historicamente desfavoráveis” do Nordeste. “Quando você tem um crescimento sobre uma base ruim, ele acaba não significando muito.”

 

Fonte e Imagem: O Povo

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