Mais de 60 mil pessoas acabam com suas próprias vidas a cada ano somente nas Américas, alerta a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), representação no continente da Organização Mundial da Saúde (OMS), por ocasião do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, lembrado hoje (10).
Na região, o suicídio ocupa a vigésima colocação entre todas as causas de morte, mas entre jovens entre 10 e 24 anos, ocupa o terceiro lugar. Os homens são os mais propensos ao suicídio, também alerta a OMS: o número de óbitos por esta causa é quatro vezes maior em homens do que em mulheres.
As maiores taxas de suicídio se aplicam a pessoas entre 45 e 59 anos (12 mortes por 100 mil habitantes) e a maiores de 60 anos (10,6 mortes a cada 100 mil habitantes).
Os números de suicídio em todo o mundo
- Quase um milhão de pessoas no mundo morrem por suicídio a cada ano;
- 250 mil suicídios por ano, são de adolescentes e jovens menores de 25 anos;
- 3 mil pessoas se suicidam por dia;
- Uma pessoa consegue suicídio para cada 20 que tentam.
“O suicídio é um grave problema de saúde pública nas Américas. Precisamos mudar as atitudes da sociedade em relação a doença mental e ao comportamento suicida para que as pessoas em situação de risco – ou suas famílias – não sintam medo, vergonha ou discriminação ao pedir ou procurar ajuda”, disse a Diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, acrescentando que esta mudança “poderia salvar milhares de vidas”.
Causas
Mais de 90% dos casos de pessoas que acabam com suas próprias vidas estão associados a transtornos psiquiátricos, embora outros fatores sociais, econômicos e culturais influenciem esse comportamento. Muitas dessas pessoas não entram em contato com serviços de saúde ou sociais, que, muitas vezes, não são suficientes para ajudar em momentos de crise pessoal.
Para a OMS, a maioria dos suicídios são evitáveis. A agência aconselha, entre outras coisas:
- A redução ao acesso de potenciais meios de suicídio (pesticidas , drogas, armas de fogo);
- Oferecer tratamento para as pessoas com transtornos mentais e aquelas com depressão, alcoolismo ou esquizofrenia;
- Realizar um acompanhamento das pessoas que tentaram tirar suas próprias vidas;
- Encorajar tratamento responsável do tema nos meios de comunicação;
- Capacitar os profissionais de cuidados de saúde primários.
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