2013 é um ano de particular evidência para Sérvulo Esmeraldo, que aos 84 anos, festeja, também, 63 anos de arte, com uma trajetória de importantes exposições nacionais e internacionais
Escultor, gravador e desenhista, Sérvulo Esmeraldo iniciou-se profissionalmente no final da década de 1940, frequentando o ateliê livre da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), em Fortaleza. Transferiu-se para São Paulo em 1951. O trabalho temporário na Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) nutriu seu interesse pela matemática e repercutiu em seu futuro: em 1957, trabalhando como xilógrafo e ilustrador do Correio Paulistano, expôs individualmente no Museu de Arte Moderna de São Paulo uma coleção de gravuras de natureza geométrica construtiva.
O refinamento do seu trabalho foi decisivo para a obtenção da bolsa de estudos do governo francês que o levou, no mesmo ano, para uma longa estada na França. Em Paris, frequentou o ateliê de litogravura da École Nationale des Beaux-Arts e estudou com Johnny Friedlaender. Na década de 1960 dedicou-se à projetos movidos a motores, ímãs e eletroímãs.
Utilizando-se apenas da magia da eletricidade estática chegou à série de Excitables, trabalho que o particularizou na arte cinética internacional. Em 1977 iniciou o retorno à terra natal, trabalhando em projetos de arte pública que incluíam esculturas monumentais na paisagem urbana de Fortaleza, cidade para onde se mudou em 1980 e que hoje abriga cerca de quarenta obras de sua autoria.
Em 2011, a Pinacoteca do Estado de São Paulo organizou importante retrospectiva do artista, seguida pela exposição “Simples como o triangulo”, na Galeria Raquel Arnaud, e durante a exposição ‘LUZ’ no Palácio da Abolição em Fortaleza, Esmeraldo ainda participa de várias mostras, como também programa nova edição da Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras em Fortaleza com artes de várias partes do mundo, mostra que idealizou e foi curador também em 1986 e 1991.
Com diversas exposições realizadas e participação em importantes salões, bienais e outras mostras coletivas na Europa e nas Américas (Realité Nouvelle, Salon de Mai, Bienale de Paris, Trienal de Milão, Bienal Internacional de São Paulo, entre outras), a obra de Esmeraldo está representada nos principais museus do país e em coleções públicas e privadas do Brasil e exterior.
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