Um dos principais meios de garantir o acesso de deficientes visuais a conteúdos audiovisuais é através de programas de audiodescrição, que descrevem a cena enquanto ela ocorre, seja em filmes, desenhos ou programas. Geralmente, essa descrição é gravada previamente em um estúdio por um locutor, o que aumenta a despesa com este tipo de recurso.
Porém, o professor mestre em computação e coordenador do Núcleo de Tecnologias Assistivas do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Agebson Rocha está desenvolvendo uma alternativa mais econômica que possibilite esse acesso. O projeto de desenvolvimento do programa de audiodescrição teve início em 2012, e desde então vem se aperfeiçoando.
De acordo com o professor, o programa é uma alternativa para que a descrição seja feita instantaneamente, através de uma voz sintetizada, dispensando assim a gravação prévia da locução. Basta captar o texto do vídeo e inseri-lo no programa, que ele mesmo sincroniza o tempo da descrição e o vídeo. Então, a própria máquina se encarrega de “ler” o documento através de uma voz sintetizada.
Um dos diferenciais é que a descrição acontece não só nos momentos com diálogo, mas também nas cenas em que não há sons. Os deficientes que já testaram o equipamento aprovaram.
A novidade será apresentada ao público nesta quinta feira, dia 28, na Assembleia Legislativa do Ceará. A apresentação será no 3º andar, a partir das 16h, durante a Mostra de Tecnologias Assistivas, evento organizado pela InfoBrasil que tem o No Pátio já falou aqui.
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