Na manhã da última sexta-feira (29), o Projeto Singular para Dependentes Químicos em Regime Residencial foi debatido em audiência Pública promovida pelas Comissões de Defesa Social e de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa. O propositor do encontro, o deputado Professor Pinheiro, do partido dos Trabalhadores (PT), apontou que esse tipo de tratamento “tem se mostrado um importante instrumento durante o processo de superação da dependência”.
Solange Praxedes, assessora da Assessoria Especial de Políticas Públicas sobre Drogas do Estado, explicou que o dependente químico necessita de vários níveis de atenção, e que o projeto terapêutico singular é “mais um meio de ajuda dentro de uma grande rede de auxílio ao dependente químico, que inclui os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), atendimento ambulatorial, grupos de ajuda mútua, entre outros”.
Um dos preceitos deste projeto terapêutico é o uso de atividades laborais coletivas, como por exemplo, o artesanato, como forma de ressocialização. Solange explicou que, além dessas atividades laborais, os centros de terapia trabalham também com um sistema de convivência familiar. “Os internos vivem em um esquema familiar, e assim vamos trabalhando suas necessidades individuais, reintegrando-os aos poucos”, disse. Ainda segundo a assessora, existem 98 centros que trabalham com Terapia Singular em atividade no Ceará , com 539 vagas preenchidas.
A audiência aconteceu no Auditório Murilo Aguiar e contou com a participação de representantes do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas, de Caucaia, do Hospital Mental de Messejana, e dos centros de recuperação Mão Amiga e Casa da Esperança.
Fotos: Reprodução/Bia Medeiros