As preliminares que acontecem antes do sexo são ótimas para esquentar o clima, deixar a vontade de transar ainda maior e deixar as mulheres mais relaxadas. É a hora das brincadeirinhas, da masturbação em casal, do sexo oral. As mulheres adoram as preliminares, já alguns homens preferem ir direto para os “finalmente”.
Tanto homens quanto mulheres adoram receber sexo oral, mas será que ambos fazem com a mesma frequência em seus parceiros e parceiras?
Uma pesquisa feita este ano em São Paulo, pela empresa Sex Wipes, revelou que quase metade dos homens não realiza esta modalidade de sexo na companheira com frequência. Foram entrevistados 1.252 homens heterossexuais e sexualmente ativos com idades entre 18 e 30 anos. 78% destes homens afirmou receber sexo oral frequentemente na relação, enquanto quatro em cada 10 não o pratica de volta.
O estudo também revelou que, mesmo entre os que fazem nas parceiras, o número de homens que sentem nojo de fazer sexo oral nas mulheres é bem grande. Mais de um terço, ou 35% deles se sentem incomodados com o cheiro e até mesmo com o aspecto da vagina.
Segundo divulgado pela pesquisa, os dois maiores motivos que fazem com que os homens que tem nojo continuem praticando o sexo oral em suas parceiras são o medo de serem considerados gays e o medo de serem traídos.
Além do cheiro e do aspecto, outras coisas relacionadas a vagina que incomodam estes homens são o gosto, a umidade da vagina e os pelos.
Nós já sabemos que a vagina realmente tem um odor bem característico, que não é ruim ou forte, e que quanto mais excitada a mulher estiver mais úmida a vagina fica. Em relação ao cheiro, com o suor e uso de roupas muito apertadas, ele pode se intensificar, mas, de acordo com ginecologistas, água e sabonetes específicos para essa região bastam para eliminar o cheiro completamente.
Se você notar que o cheiro se intensificou e está muito forte, o ideal é procurar um ginecologista, já que este é um dos principais sinais de infecção.
Já uma outra pesquisa feita em todo o Brasil pela empresa Nielsen, revelou que 90% dos jovens entre 15 e 29 anos não utiliza preservativo ou qualquer tipo de proteção durante o sexo oral. Uma das DSTs que podem ser transmitidas no sexo oral é a herpes, doença que pode passar da boca do homem para as genitais da mulher, e vice-versa.
“O HPV também pode ser transmitido nessa prática, entre outras doenças como a hepatite, a gonorreia, a clamídia e a sífilis, principalmente se a pessoa tiver um corte pequeno, ulceração ou afta na boca”, explica a sexóloga Carmen Janssen. Por isso, proteção é fundamental no sexo oral, seja no homem como na mulher.
No caso da camisinha feminina, ela não protege em nada na hora do sexo oral, pois ela é interna. A dica é usar um papel filme, aquele de cozinha, para cobrir a vulva e impedir o contato direto entre a boca e a região íntima.
Para aumentar o prazer durante o sexo oral com a camisinha, a sexóloga indica colocar um pedacinho de gelo ou bala de menta na boca, o que faz os lábios e a língua ficarem geladinhos.
Homens, se vocês não se sentem confortáveis em fazer sexo oral em suas parceiras, se abram com elas. Às vezes elas podem ter um problema real, algum tipo de infecção que deixam o cheiro da vagina ruim e nem perceberam.
Mulheres, se vocês não estão recebendo sexo oral, ou não tanto quanto gostariam, conversem com seus parceiros também. Procure saber o que incomoda a eles para ver se esse problema pode ser resolvido.
E lembre-se, o uso da camisinha se faz necessário em todas as formas de sexo. Se previna!
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