O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abriga, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará, a “Mostra Carioca: a impureza como mito”, que reúne cerca de 50 obras de artistas que têm o Rio de Janeiro como inspiração de seus trabalhos, em obras pertencentes às coleções do MAM Rio, incluindo as coleções de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva, que estão no Museu carioca em regime de comodato.
A exposição segue até 30 de novembro de 2014, com obras de Iole de Freitas, Raymundo Colares, Antonio Manuel, Hélio Oiticica, Ione Saldanha, Lygia Clark, Adriana Varejão, José Damasceno, Gustavo Speridião, Cabelo, Paula Trope e Marcos Cardoso. Em diferentes técnicas e suportes, como esculturas, instalações, pinturas, desenhos e fotografias, os artistas revelam relação afetiva com a “cidade maravilhosa”. Farão parte da mostra obras emblemáticas, como dois “Metaesquemas”, de 1957, e cinco ”Parangolés”, de Hélio Oiticica. Destes últimos, serão apresentas cópias de exibição, que o público poderá vestir. Também fará parte da mostra a obra “Bicho”, de Lygia Clark, de 1960, feita em alumínio.
Originária no MAM em 2012, a mostra foi apresentada no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, em Belém e integra a nova área de Circulação de Exposições da seleção pública do programa Petrobras Cultural.
Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre, curadores do MAM Rio, observam que “a mostra não pretende ‘tematizar’ o Rio, mas revelar o quanto a cidade foi e permanece sendo um espaço ao mesmo tempo caótico e criativo que alimentou uma vontade de arte que combina improvisação e rigor”. “Do final do modernismo, passando pelo concretismo, pelo neoconcretismo, pela pop e pelo conceitualismo, e chegando ao momento contemporâneo, a exposição uma espécie de ‘espírito carioca’ perpassou – consciente ou inconscientemente – a criação artística local, potencializando sua articulação e penetração global”, afirmam os curadores.
As obras mais recentes são as serigrafias sobre tecido “Cangaço/Xô choque” e ”Cangaço/todo poder à praia!”, feitas em 2013 pelo coletivo Opavivará (Rio de Janeiro, 2005). Outros trabalhos atuais são as fotografias da série “Objetos para tampar o sol de seus olhos”, de Paulo Nazareth, de 2011. “Os trabalhos foram escolhidos pela sua capacidade de propor imagens reconfiguradas do Rio de Janeiro e da sua vida urbana enquanto espaço de experiência cultural”, ressaltam os curadores.
Na mostra, alguns trabalhos são acompanhados de audioguia com informações complementares sobre a trajetória do artista e sobre a obra. Não deixe de conferir este pedacinho autoral da história do Rio de Janeiro aqui em Fortaleza! Fica a dica.
Serviço:
Mostra Carioca: a impureza como mito
Abertura: 8 de outubro 2014, às 19h
Encerramento: 30 de novembro de 2014
Visitações: de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até às 18h30), Sábado, domingo e feriado, das 14h às 21h (acesso até às 20h30).
Fotos: Reprodução