Telha eólica

EcoFriendly|Sustentabilidade

O estudante cearense Eduardo Morais sempre foi desses que adorava mexer e desmontar as coisas para saber como elas funcionavam. Por ser filho de eletricista, sempre teve um interesse maior sobre a área de eletricidade.

Mais velho, ingressou no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) para estudar Mecatrônica. Depois que entrou na faculdade, o estudante passou a desenvolver projetos que envolvessem energia e mecânica.

Seu primeiro projeto nós já mostramos aqui, foi um tênis que gera energia ao caminhar. Depois veio uma mochila que também produzia energia e, por último, a telha eólica.

“A telha veio depois de outros projetos que eu já desenvolvia na escola. Motivado pelo potencial eólico do Ceará, comecei a pensar em algo que pudesse ajudar a população que não pode pagar energia cara”, conta o estudante.

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Eduardo contou com a ajuda do amigo Heitor Lustosa e do professor Antônio Cleidson para o projeto, que consiste em um aparelho que gera energia por meio do movimento do vento. Ele é acoplado nas telhas convencionais de barro e consegue levar energia até as lâmpadas elétricas.

Em relação aos questionamentos sobre a concorrência que poderia gerar com as companhias de energia, Eduardo responde dizendo que, “De certa forma geraria um incômodo, mas o projeto poderia ser usado por famílias de baixa renda para economizar energia. Também poderia ser implantado em regiões em que as redes elétricas ainda não chegaram”.

Segundo o estudante, as telhas eólicas são mais econômicas que as fotovoltaicas. Ele explica que apenas um metro quadrado de telha eólica poderia alimentar uma lâmpada de 60 watts e uma de 20 watts e que em casas que já possuem a telha convencional, basta adaptar os equipamentos. “O metro quadrado de uma telha eólica está sendo avaliado em R$ 240, já o metro quadrado de uma fotovoltaica custa em torno de R$ 1.000”, conta.

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Apesar de o projeto ser superinteressante para famílias de baixa renda, principalmente para aquelas que vivem em lugares remotos onde a energia elétrica ainda não é uma realidade, e de já ter sido apresentado vários eventos científicos, a telha eólica ainda aguarda investimento privado.

 

Fotos: Reprodução

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