Dormir menos de cinco horas por noite pode provocar memórias falsas

Comportamento|Pesquisas|Saúde

Ter uma boa noite de sono é fundamental para uma boa qualidade de vida, o sono tem uma importante função restauradora.

Ele está relacionado com a manutenção e conservação de energia, amadurecimento do sistema nervoso central, fortalecimento do sistema imunológico, consolidação da memória e aprendizado, secreção e liberação de hormônios (hormônio do crescimento, insulina, entre outros), função termorreguladora, e tudo isso sem falar no poder de relaxamento e descanso da musculatura.

Um sono ruim pode nos trazer vários prejuízos, inclusive para o nosso cérebro, como nós já falamos aqui.

O número de horas de sono ideal costuma ser em média de seis a oito horas por dia, mas esse número é apenas uma estimativa geral, já que cada organismo e estilo de vida são únicos. Porém, um recente estudo publicado na revista “Psychological Science” constatou que dormir apenas cinco horas por noite, ou menos, pode levar as pessoas a criarem falsas memórias.

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De acordo com a pesquisa, aproximadamente 193 pessoas foram estudadas e quem dormiu menos de 5 horas durante a noite estava mais propensa a dizer que assistiu a um vídeo de uma reportagem quando, na verdade, não tinham o assistido.

Essas falsas memórias podem ser mais perigosas do que podemos imaginar, de acordo com os autores do estudo, acredita-se que falsas memórias na forma de erros de identificação de testemunhas oculares são a causa número um de condenações injustas nos EUA.

“Nossos resultados também sugerem que a privação total de sono pode não ser necessária para elevar o número de memórias falsas”, diz o artigo. Perder apenas algumas horas de sono já pode ser suficiente para levar uma pessoa a sonhar com fatos enquanto está desperta.

O estudo também descobriu que as pessoas mais predispostas a aceitar falsas sugestões dos pesquisadores foram as que não dormiram mais de cinco horas. Eles incluíram essas sugestões em suas respostas 38% das vezes, enquanto o grupo que tinha dormido o suficiente o fez apenas 28% das vezes. Segundo os autores, isto acontece provavelmente porque a privação de sono leva a problemas para codificar novas informações.

 

Fotos: Reprodução

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