Vem aí o Festival Ponto.CE!

Agenda Cultural|Cultura

Um dos principais festivais de cultura do Ceará está em contagem regressiva! De 6 a 9 de novembro, será realizada a oitava edição do Festival Ponto.CE, que já se tornou uma tradição e entrou para o calendário cultural do Estado do Ceará. O evento, realizado no Centro Cultural Dragão do Mar, tem como um dos diferenciais unir, em um só lugar, diversas atrações nas áreas da música, dança e audiovisual, com programação voltada para todos os públicos. Adultos e crianças têm atividades garantidas e gratuitas durante todos os dias do festival.

No total, já passaram pelo evento 813 artistas, entre músicos nacionais e internacionais, bailarinos e expositores. Na última edição, em 2013, houve um total de 357 artistas, que se apresentaram para um público de mais de 11 mil pessoas. Conta com o patrocínio da Coelce e da Oi, apoio cultural do Oi Futuro e apoio do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e Governo do Estado.

De acordo com um dos organizadores do evento, Rafael Bandeira, trata-se de um momento em que as pessoas podem dialogar com diversas linguagens. O público da dança se aproxima da música e do audiovisual e vice-versa. “É uma diversidade de linguagens às quais os participantes terão acesso”. A área audiovisual vai trazer uma web plataforma com diversas informações sobre as edições anteriores, depoimentos de quem já participou, além de pequenos programas.

PROGRAMAÇÃO

Serão divididas por dia. A programação de dança, realizada no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e Cena 15 – Porto Iracema das Artes, acontecerá quinta, sexta e sábado. Enquanto a musical será sexta e sábado, na Praça Verde do Dragão do Mar.

Já o domingo será reservado para o público infantil, com diversas atividades voltadas para as crianças, ainda a serem definidas. Quanto à programação audiovisual, neste ano será totalmente online, pelo canal do Ponto.CE no youtube e dos programa do Ponto.CE TV, que, em breve, estarão no ar. O público ainda terá acesso a ciclo de cursos e palestras.

Para cada dia reservado para a música, serão sete bandas. Para participar, os interessados devem trocar um quilo de alimento pelo ingresso, por dia, que dará acesso ao festival.Confira quem se apresentará.

 

Programação Musical

Dia 7 Dia 8
Amsterdã (CE) Rocca Vegas (CE)
Cruz (SP) Felipe Cazaux (CE)
Facada (CE) Gram (SP)
Far From Alaska (RN) Síntese (CE)
Matanza (RJ) Sulamericana (CE)
Mukeka di Rato (ES) Supercombo (ES)
Siege of Hate (S.O.H) (CE) Daniel Groove (CE)

*Os horários das apresentações ainda serão definidos

 

Programação Dança 

Dia 6 Local/Hora Dia 7 Local/Hora Dia 8 Local/Hora
“Pouso” Espaço Mix (Em frente ao Planetário do Dragão do Mar), às 19 horas “De Fora para dentro o ar circula” A definir/ 16 horas “Quando a dança é performance?” A definir/19 horas
“Homem Torto” Cena 15, às 21 horas “Transubstanciações Intempestivas” A definir/ 21 horas “Paisagem Espinhal” A definir/ 21 horas

*** programação sujeita às alterações

***As entradas para os espetáculos poderão ser retiradas com 1 hora de antecedência em cada local da apresentação.

 

Se interessou? Então aproveite para conferir um pouco mais sobre todas as atrações esperadas na oitava edição do Festiva Ponto.CE!

ATRAÇÕES MUSICAIS

AMSTERDà– Banda de hardcore cearense, a Amsterdã alia peso, boas letras, várias referências de qualidade e ótimos arranjos. A banda acaba de lançar o disco “Baseado em fatos reais” e já se destaca como uma das boas apostas da música cearense nos próximos meses. A banda consegue facilmente levar toda a energia colocada nos arranjos do disco para o palco, fazendo shows com muita agressividade e melodias bem encaixadas nas ótimas guitarras do grupo.

FACADA – O Facada toca grindcore desde 2003. Simples. Rápido, pesado, cru, sem experimentalismos, sem firulas, sem viagens sonoras. Agressivo com letras bem feitas e baseadas em várias críticas sociais e histórias bizarras do cotidiano. Já viajaram por quase todo Brasil, incluídos aí: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Lançou seu segundo disco chamado de “O Joio” que foi mixado na Suécia por William Blackmon (gadget) e foi lançado por quatro gravadoras, três brasileiras e uma inglesa. Uma banda que impressiona no estúdio e ao vivo, sendo referência para várias bandas novas do estilo e nomes consagrados que citam a banda como grande influência como João Gordo do Ratos de Porão.

FAR FROM ALASKA – Banda de Rock de Natal-RN formada em 2012 formada por integrantes experientes e conhecidos da cena musical potiguar com passagens por outras bandas como Talma & Gadelha, Calistoga e Venice. A banda já iniciou a carreira com o pé direito e grande destaque concurso “Som Para Todos” organizado pelo Banco do Brasil, Portal Terra e Deckdisc dando uma vaga no renomado festival Planeta Terra em São Paulo. O Far From Alaska não costuma definir seu som, garante apenas que é Rock. A banda é considerada a grande revelação e aposta do cenário rock and roll do Brasil, conseguindo total destaque em todos os canais especializados e sendo extremamente elogiados pela crítica. Em maio de 2014 lançou o esperado disco ModeHuman gravado no Estúdio Tambor (RJ) e mixado no Hanzsek Studio (Seattle-USA).

SIEGE OF HATE – Formado no ano de 1997, o Siege of Hate (S.O.H.) vem desde o lançamento da Demo-Tape “Return to Ashes” (1998) crescendo ano a ano na cena Underground nacional. Com três álbuns lançados e duas turnês europeias, a S.O.H continua apresentar a realidade explícita em suas letras, junto à fórmula musical que lhe é característica, com um “crossover” entre o mais extremo Grindcore, o Death Metal e o Hardcore “old school”, resultando em uma avalanche de energia sonora. Atualmente é composta por Bruno Gabai (vocais e guitarra), George Frizzo (baixo) e Saulo Oliveira (bateria).

CRUZ – Cruz é uma banda de rock formada na cidade de São Paulo em 2008. Logo após escreverem suas primeiras músicas juntos, os quatro integrantes auto produziram “Montecristo” que foi lançado em fevereiro de 2009 de forma independente, atraindo a atenção dos fans do gênero e alguns críticos e imprensa especializada. Em maio de 2009 a banda assina com o lendário estúdio/management NRG Recording e se muda para Los Angeles – CA para começar a trabalhar em novo material junto com o produtor Jay Baumgardner. Após o lançamento do álbum “Volume 1” e do EP “Cruz” (em meados de 2011 e 2012), shows por quase todas as cidades dos Estados Unidos, uma grande e bem sucedida tour por São Paulo, a banda se prepara para mais uma tour pelo Brasil, após finalizar a produção de seu próximo álbum.

MUKEKA DI RATO – Formado em 1995, o Mukeka di Rato alia velocidade, riffs e letras em português. Um dos expoentes do punk rock/ hardcore brasileiro vem da cidade de Vila Velha (ES). São conhecidos por terem um senso de humor sarcástico e por fazerem shows irreverentes. Perto de completar 20 anos de carreira, o MDR possui seis discos oficiais na discografia e algumas participações em splits com bandas internacionais e destaque nos maiores sites especializados no território nacional e exterior.

pontece2_nopatio

MATANZA – Matanza é uma banda de rock do Rio de Janeiro formada em 1996. Sua música é uma mistura de hardcore punk, country e heavy metal, formando assim o gênero que a mídia intitulou de “countrycore”. A banda possui letras ousadas, cínicas, sarcásticas e divertidas, que falam de ódio, violência, bebidas, mulheres, e uma vida baseada em vícios. O Matanza possui sete álbuns e duas demos lançados até hoje. Atualmente é formada por Jimmy (Voz), Donida (Guitarra), China (Baixo), Jonas (Bateria) e Maurício (Guitarra nos shows).

SULAMERICANA – Formada no início de 2013 por Lucas Espíndola Arruda no vocal, Cláudio Braun na guitarra, Tiago Vieira no Baixo e Léo Paiva na bateria, a Sulamericana surgiu da junção de amigos músicos da cena rock cearense no intuito de fazer um som que aliasse as influências e gostos musicais de cada um. Seu publico alvo concentra-se nos que gostam dos mais variados estilos, desde o rock, o pop, o indie e a MPB. A Sulamericana atualmente está em produção do seu primeiro EP, que será lançado ainda em 2014.

SÍNTESE – Com mais de dez anos de carreira, a Síntese sempre teve como objetivo principal o fortalecimento da criação musical, a partir do casamento entre música e poesia. A Síntese já gravou quatro CDs demo e vários vídeos, já participou de entrevistas em rádio e televisão, coletâneas, ganhou alguns prêmios e fez apresentações de relevância, além de várias outras em eventos de menor porte em diversas regiões do Estado do Ceará, sempre distribuindo gratuitamente o produto de sua arte. Em 2013, a banda ficou entre as finalistas do Prêmio Melhores do Ano, na categoria Melhor Banda; concorreu ao Prêmio Multishow na categoria Experimente; destacou-se na Feira da Música e venceu o concurso cultural da trilha de abertura do programa Se Liga Verdes Mares, cuja parceria permanece até hoje. A banda é formada por Romero Lopes (voz), Romulo Lopes (guitarras), Samyr Cruz (teclados), Paulo Eduardo (baixo) e Henrique Marques (bateria).

FELIPE CAZAUX – O guitarrista paulista, mora em Fortaleza e traz a experiência de mais de 10 anos no mercado musical. Felipe tem três álbuns lançados: Help the Dog! (2007), Good Days Have Come (2010) e em 2013 lançou o terceiro álbum, “Never Go Down”. O disco está mais maduro com uma ferocidade ímpar, que faz com que o álbum soe mais Rock, com guitarras mais fortes e uma banda que demonstra extrema capacidade técnica de tocar arranjos mais complicados, mas muito empolgantes e de fácil assimilação pelo público. No repertório, ele abrange suas composições autorais e algumas releituras de clássicos do Rock e Blues, além de ter uma voz única, sempre impressiona com as suas interpretações marcantes.

ROCCA VEGAS – A Banda Rocca Vegas faz rock e a soma da boa e diversificada bagagem musical de seus integrantes extrapola as fronteiras do tempo e também rompe despretensiosamente as fronteiras do gênero. O resultado é uma fusão bem atual de estilos que vai do rock’n’roll ao folk, passando pela música eletrônica e o pop. Com um videoclipe e um CD gravado, a banda é formada por Maurílio Fernandes (Vocalista), Deo Meneses (Baixo e Backing vocal), Bruno Souza (Guitarra e Backing vocal), Breno Souza (Bateria, Backing vocal), Igor Dantas (Guitarra, Backing vocal) e Cid “The Kid” (Beats, Samples e Synths).

SUPERCOMBO – Criada em 2007, a banda Supercombo, como o nome sugere, é uma combinação de músicos e seus mais diversos estilos, histórias, lugares e influências musicais. Embora surgida em Vitória (ES), Supercombo consolidou sua formação atual em São Paulo. Formada por Léo Ramos (Voz e guitarra), Pedro Ramos (Guitarra e voz), Carol Navarro (Baixo e voz), Paulo Vaz (Teclado e efeitos) e Raul de Paula (Bateria), o grupo lançou, em 2014, o álbum “Amianto”, terceiro do grupo, com doze faixas que reúnem o melhor do Supercombo: rock aliado a melodias letras imprevisíveis.

GRAM – Gram é uma banda paulistana de rock alternativo formada em 2002. Em sua formação original composta por Sergio Guilherme Filho (voz, guitarra, piano), Luiz Ribalta (guitarra, voz), Marcello Pagotto (baixo, sintetizador, voz), Marco Loschiavo (guitarra, programação) e Fernando Falvo (bateria, percussão) gravaram seu primeiro disco de maneira independente, lançado em 2003 intitulado ‘Gram’. Com o lançamento do videoclipe “Você pode ir na janela”, a banda chama a atenção da Deckdisc que lança em 2004 o primeiro álbum da banda, auto-intitulado. Entre 2004 e 2005, a banda faz vários concertos, toca em festivais como Abril Pro Rock em Recife, o MADA em Natal e o Festival de Verão de Salvador. Em 2005, a banda lança o álbum ao vivo MTV Apresenta Gram que sai em DVD e CD. No começo de 2006, começam a trabalhar no novo álbum, batizado Seu Minuto, Meu Segundo, lançado em 19 de setembro de 2006. Fernando Falvo, baterista do Gram, postou no dia 09/07/2007, na comunidade dedicada à banda no orkut, nota afirmando que o grupo encerrara suas atividades. Depois de sete anos sem gravar, a banda Gram retorna ao cenário roqueiro brasileiro com a faixa “Sem Saída” música, a primeira do disco “Outro Seu”, o terceiro do grupo. Antes um quinteto, o Gram volta nova formação, Ferraz (vocais), Loschiavo (guitarra), Marcello Pagotto (baixo), Fernando Falvo (baterista), os dois últimos integrantes da formação original.

DANIEL GROOVE – Groove sobe aos palcos em um show cheio de novidades e performances vibrantes. O compositor e intérprete cearense apresenta seu primeiro disco solo “Giramundo”, lançado em 2013. Nos seus mais de 15 anos de música brasileira, Groove coleciona participações em festivais e shows pelas cinco regiões do País. Seu álbum traz vários ritmos, rock, brega e MPB, e é composto por canções que são verdadeiras crônicas da vida. O show de lançamento de “Giramundo” já passou por diversas cidades e o álbum tem recebido elogios de público e de crítica, sendo citado em algumas das principais listas de melhores discos.

ATRAÇÕES DANÇA

Homem Torto – “Homem Torto” é desconfortável em si, uma dança não simétrica que sugere um corpo frágil, mas com o vigor dos fortes. É uma dança que insiste em unir opostos como a dureza e a leveza, a fragilidade e a força, o estar perto e longe do público, o equilíbrio e o desequilíbrio, movimentos fluidos e cortados, o dentro e o fora do corpo. Homem Torto é uma dança que passa aos olhos do público, é passagem, é caminhada, é ir, é insistência, é movimento nu e cru. O espetáculo foi concebido e desenvolvido entre 2012 e 2013, durante a residência artística do jovem brasileiro no Cloud Gate Dance Theatre (viabilizada a partir do projeto Rolex Mentor & Protegé) sob a supervisão de seu diretor e fundador, o coreógrafo Lin Hwai-min. Fukushima foi o primeiro brasileiro selecionado para o programa de bolsa de estudos, que resultou na criação de Homem Torto.

pontece1_nopatio

Direção artística, concepção, criação e dança: Eduardo Fukushima. Orientação: Lin Hwai Min. Composição musical: Tom Monteiro. Criação de luz e direção de montagem: Hideki Matsuka. Artistas colaboradores: Beatriz Sano, Julia Rocha e Hideki Matsuka. Produção: Carolina Goulart. Operação de luz e som: Igor Sane. Figurino: Eduardo Fukushima. Fotos: Inês Correa.

Pouso – “Pouso” é uma partitura autobiográfica envolvendo a experiência da cidade. Entendendo a performance como lugar de interstício entre arte e vida, durante o ano de 2013, a artista consentiu a vivência cotidiana como laboratório ou site specific, colocando-se em estado de experimentação a partir da mudança de cidade e condição de moradia, deslocando-se do sudeste para o nordeste brasileiro. Apenas com uma mala de rodinhas, de março a dezembro deste ano, hospedou-se por tempo indeterminado na casa de diferentes pessoas, experimentando o convívio cotidiano. As sensações, impressões e vivência foram registradas em diário de bordo, escrito regularmente desde então. Tal registro serviu de provocação para artistas do vídeo, fotografia e música, na construção de uma poética híbrida que dialogasse com as diferentes linguagens. POUSO, assim, se configura enquanto exercício de composição do cotidiano, em um corpo que se presentifica em performance. Escrita de si: Marcelle Louzada; Poéticas da imagem: Fernanda Leal, Marília Oliveira e Régis Amora; Paisagem Sonora: Jonnata Doll e Vitor Colares.

Transubstanciações Intempestivas” – Linguagem vacilante, corpo delirante, invenções do informe. Em “Transubstanciações Intempestivas” se propõe um processo de escrita encarnada, no papel, na pele superfície rasurada, a visceralização da materialidade monstruosa do discurso da experiência. Pela criação de complexidades e zonas desestabilizantes, que revelam saberes via percepção e sentidos por meio da experiência poética em carne-viva, se propõe um mergulho por meio das intensidades do processo de uma escrita performativa pulsante, comprometida com o corpo presente e atuante, vazado e vazante. Na materialização de discursos polifônicos, as palavras (inventadas, desenhadas, rasuradas) transbordam para o espaço compartilhado por meio da presentificação do corpo que lateja ausência no vômito morno das palavras jorradas, na (des)construção de paisagens corporais. E bem como na proposta do Teatro da Crueldade, de Artaud, este processo desestabilizante pressupõe as metamorfoses da palavra, sua quebra e reinvenção.

De fora para dentro, o ar circula – Nos pós da vida, trabalho alienado é superado pela vida dopada, os excedentes da economia traja o corpo de alheio. O corpo nunca tido se dá na angústia do ter para acontecer, receber pra espelhar, se dando sem doar, se mostrando sem se ver. E assim, um dia todo é acrescido de mais uma hora, de infinitude de corpos, que transitam em outros corpos e lugares, esperando dar ao corpo o que ele pode nos limites da reciclagem. Indiferentes, dopados, sonolentos, hiperhipotudo, e ou menos gente, perpetuam o diagrama ”excitação-capital-frustração-excitação-capital”. Nesta perspectiva, a performance “De fora para dentro, o ar circula” a artista busca pensar as relações de poder que se dão quando um corpo se torna fragmentado, mostrando-se alheio, quieto, sonolento, isolado, à disposição, em contato com um nível mais elevado de poder.

“Quando a Dança é Performance?” – “Quando a Dança é Performance?” é um esforço de afirmar a inexistência do limite entre uma linguagem e a outra na experiência do corpo, ao mesmo tempo que afirma sua dualidade. Ao dançar initerruptamente pelo tempo que meu corpo permitir, trago para o espaço de ação minhas experiências em Dança e em Arte da Performance misturando-se e apresentando-se ao mesmo tempo. Nesse sentido, a Performance dança e a Dança performa, o corpo vive.

Performance inédita.

Chrystine é integrante do Coletivo ES3, formado também por André Bezerra (atuantes na cidade do Natal-RN), o ES3 é um coletivo de individualidades em relação, ao passo em que se torna plataforma de criação e produção colaborativa de trabalhos individuais e coletivos. Ambos mestres com pesquisas desenvolvidas acerca da linguagem da Arte da Performance, no caso Bezerra, e Arte da Performance e Dança, por parte de Silva (PPGArC – UFRN/2014), os integrantes do Coletivo ES3 atualmente mantém sua produção artística em circulação, ao mesmo tempo em que ministram workshops e cursos em espaços de formação de público e formação artística da cidade.

“Paisagem Espinhal” – A performance “Paisagem Espinhal” faz parte da série “Tratados do Corpo Escavado”, no intuito de investigar questões que dizem respeito prioritariamente a uma sedimentação da ideia de tradição como objeto preservado, para uma postura da tradição como território constantemente contaminado pela experiência presente, como coloca Homi Bhaba. Pensar a tradição não como forma intacta, mas como espaço em performance, se relaciona nessa série com a ideia de que a memória é uma ficção em constante virtualização, ou seja, a memória não é um dado armazenado, como muitas vezes sugere a metáfora que compara o cérebro a um computador do corpo, mas todo o corpo resguarda em suas sensações, e nas paisagens sensitivas que produz, interferências sobre as lembranças que traz em si.

André Bezerra é natural de Natal (RN) e integra o Coletivo ES3, formado também por Chrystine Silva, atuantes na cidade do Natal (RN). O Coletivo ES3, se alguma definição lhe deve ser conferida, pode ser apontado como um coletivo artístico com grande preocupação tanto artística, quanto pedagógica e política com o campo da arte contemporânea, sobretudo no que diz respeito à performance arte. O Coletivo atua desde 2009 desenvolvendo trabalhos nas diversas linguagens das Artes Visuais e Cênicas, bem como produzindo independentemente o Circuito Regional de Performance BodeArte que caminha para sua quarta edição em 2014, e já contou com a participação de 150 performers de mais de 16 estados brasileiros.

SERVIÇO

Festival Ponto.CE – 8ª edição

Dias: 6 a 9 de novembro

Local: Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura e Cena 15 – Porto Iracema das Artes

Informações: (85) 3021.7186

Site: www.pontoce.com.br

Inscreva-se na nossa newsletter