De acordo um relatório atualizado das Estimativas Anuais de Emissões de Gases de Efeito Estufa, elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil reduziu em 41,1% suas emissões de gases de efeito estufa em 2012 em relação ao nível de 2005.
Enquanto que há dois anos o total de emissões há dois anos foi de 1,2 bilhão de toneladas de CO2 equivalente (CO2eq), em 2005 esse total foi de 2,03 bilhões. Esta medida soma emissões de ao menos seis gases poluentes, como o metano, o dióxido de carbono e óxido nitroso.
A redução do desmatamento até dois anos atrás foi o que impulsionou essa queda. Porém, setores como o de energia e agropecuária tiveram aumento em relação aos níveis de 2005. As emissões da área de energia aumentaram 35,9%. Na agropecuária, a elevação foi de 7% na comparação entre 2012 e 2005.
Ainda segundo o estudo, o uso da terra e floresta representava 58% das emissões de CO2eq em 2005. Em 2012, o índice caiu para 15%.
Porém, este inventário não inclui o aumento de 29% no desflorestamento registrado na Amazônia Legal entre agosto de 2012 e julho de 2013, em comparação com o período anterior. O número é do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), utilizado pelo governo federal para conter a devastação do bioma.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação esses dados indicam que o Brasil pode atingir as metas máximas de emissão antes do prazo previsto, em 2020, mesmo com uma possível alta no desmate, principalmente na Amazônia.
Este foi um compromisso assumido de forma voluntária em 2009, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 15, realizada em Copenhague. Na data o Brasil prometeu diminuir ao longo desta década entre 36,1% e 38,9% do total de emissões nacionais. O redutor ficaria dividido em cinco grandes setores: energia, processos industriais, agropecuária, mudança de uso da terra e florestas, e tratamento de resíduos.
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