Henri Cartier-Bresson, o pai do Fotojornalismo

Conheça Melhor|Cultura

 

 

Para comemorar o dia mundial da fotografia, o No Pátio não poderia deixar de homenagear um dos mais importantes fotógrafos do século XX, Henri Cartie-Bresson. Considerado por muitos como o pai do Fotojornalismo.

Revolucionário, Cartier Bresson levou um toque de arte do Fotojornalismo tradicional e passou a fazer com muita sensibilidade um registro da vida cotidiana, captando imagens espontâneas e mais humanas que poderiam ser. Definitivamente, o modo de fotografar após Bresson já não era mais o mesmo. O talento indiscutível redefiniu olhares sobre a arte que é a fotografia.

Vindo de uma família de classe média – que vivia relativamente bem – ganhou a primeira câmera fotográfica, uma Box Brownie, ainda criança e passou a produzir vários instantâneos. Depois foi a vez de adquirir uma câmera de filme 35mm, no mesmo período em que foi estudar em Paris e começou a pintar. A fotografia não era a única arte que fazia parte da vida do então futuro fotógrafo de sucesso!

Mas, foi aos 22 anos que descobriu de fato a fotografia! Durante uma viagem a Marsella ficou impressionado com as fotografias de Martin Munkacsi, que foram publicadas na revista Photographies. As fotografias mostravam três rapazes negros correndo nas areias da praia, em direção ao mar, no Congo.

Quando começou a Segunda Guerra Mundial, o jovem Bresson foi servir ao exército francês, sendo capturado durante uma invasão alemã. Depois de duas tentativas fracassadas, Bresson consegue fugir e junta-se a Resistência Francesa. Depois da fase crítica em que o país enfrentava, o pai da fotografia cria, junto com os tão renomados e talentosos Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour, a bem sucedida agência fotográfica Magnum.

“Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades convergem para a realidade fugaz. É organizar rigorosamente as formas visuais percebidas para expressar o seu significado. É pôr numa mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração”, assim um dos mais famosos artistas da área da fotografia definia seu trabalho. A paixão pelo ofício era o que movia Cartier-Bresson!

Não demorou muito para que revistas renomadas contratassem o talentoso e sensível fotógrafo. Life, Vogue e Harper’s Bazaar estão na lista das primeiras que assinaram contrato para que Cartier-Bresson viajasse para os quatro cantos do mundo e registrasse o que só ele era capaz de enxergar. O resultado, claro, foi um trabalho único! Europa, Estados Unidos, China e Índia foram alguns dos locais visitados por ele.

“Images à la Sauvette” foi – entre os vários livros com trabalhos do fotógrafo – o mais famoso e que mais é lembrado até hoje. A obra foi publicada em inglês, como o título “The Decisive Moment”. Um nome da fotografia tão forte assim, tinha mesmo que ser muito aclamado. Foi o que aconteceu com Bresson, que teve mais de 400 trabalhos exibidos em uma exposição grandiosa e que circulou pelos Estados Unidos.

Chamado também por muitos admirados por “o olho do século”, faleceu em quatro de agosto de 2004, pouco antes de completar 96 anos. No ano anterior, no aniversário de 95 anos do fotógrafo, Thomas Hoepker, ex-presidente da Magnum, disse que “Sua habilidade especial era se tornar invisível com a câmera”, explicando mais um motivo para o sucesso do inesquecível Cartier-Bresson.

 

Fotos: Reprodução

Inscreva-se na nossa newsletter