Rede Cuca celebra 1 ano de atuação simultânea em Fortaleza

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Proteger e dar oportunidades aos jovens. Esses são os principais objetivos da Rede Cuca que, neste mês de fevereiro, completa um ano de atuação simultânea nos bairros da Barra (Regional I), Jangurussu (Regional VI) e Mondubim (Regional V). Em 2014, os Cucas contabilizaram juntos mais de 100 mil acessos de jovens a cursos, práticas esportivas, programação cultural e outras atividades.

“O ano de 2014 foi um momento de implementação da Rede Cuca e também de revisão do nosso projeto político-pedagógico, pois passamos a funcionar integradamente em três Regionais. Em 2015, um dos nossos maiores desafios será o de chegar até os jovens de maior vulnerabilidade para que possamos trazê-los para os Cucas, possibilitando reais oportunidades para cada um deles”, esclarece a presidente da Rede Cuca, Lara Vieira.

rede cuca no pátio 2

Em funcionamento desde 2009, o Cuca Barra foi o primeiro equipamento da Rede a oferecer serviços gratuitos aos jovens fortalezenses. “O Cuca é uma experiência inovadora no Brasil, pois atua em várias áreas e dimensões. É uma Rede voltada, prioritariamente, para um público que precisa de atenção, que merece um cuidado especial da nossa sociedade. O que se busca na Rede Cuca é atender a políticas públicas de juventude, ofertando oportunidades, proteção social e espaço de convivência para estes jovens”, complementa Lara.

A construção de boas histórias

Diariamente, novas histórias começam a ser construídas dentro dos Cucas, tais como, a do aluno José Augusto de Oliveira Neto, de 21 anos. Depois de ser demitido do seu antigo emprego e incomodado com a ociosidade, Neto resolveu fazer um curso de fotografia no Cuca Jangurussu. “Me matriculei mais para ocupar o meu tempo. Mal sabia que aquele seria o início de um novo momento da minha vida”, conta o aluno que, atualmente, trabalha produzindo vídeos e fotos de casamentos e eventos.

Rede cuca no patio3

Em seu primeiro contato com o equipamento, Neto viu que a partir do Cuca poderia traçar várias oportunidades para a sua vida profissional. “O Cuca me impressionou positivamente, pois, antes de entrar lá, não sabia o que de fato o equipamento oferecia. Não tinha noção da qualidade dos serviços e dos profissionais que estão sempre a disposição de nos ajudar. Foi no Cuca que tive o incentivo que me faltava para acreditar no meu potencial como profissional e empreendedor”, acrescenta Neto, que investiu todo o dinheiro que recebeu após a sua rescisão em equipamentos fotográficos. “Além de investir em equipamento, também é necessário ter uma boa qualificação e os cursos não são baratos. Com a estrutura e os cursos gratuitos que são oferecidos aqui no Cuca, você já tem meio caminho andado”, fala.

Inspiração

Assim como Neto, o estudante Leví Lima Vieira, de 16 anos, também encontrou no Cuca uma oportunidade de agregar novas experiências. Aluno da rede estadual, Leví e alguns amigos, depois de participar do curso de Jornal Popular no Mondubim (ligado à Diretoria de Promoção dos Direitos Humanos), resolveram formar um coletivo para resgatar o jornalzinho de sua escola. “Ficamos sabendo da existência do jornal por meio de uma das nossas professoras e me senti instigado a procurar mais informações para poder retomar o projeto que, há mais de seis anos, estava parado”, explica.

Por meio de uma equipe do Cuca, que esteve em visita à sua escola, Leví e o seu colega, Tiago Alves Rocha, de 16 anos, resolveram se matricular em um curso de redação oferecido pelo Cuca Mondubim. “Aquele foi o primeiro de muitos outros que já fizemos. Todos colaboraram, de alguma forma, para a concretização do nosso projeto. Os cursos ainda serviram para nos dar respaldo quando fomos procurar patrocinadores no nosso bairro para viabilizar a compra de material para a impressão dos jornais”, acrescenta.

Atualmente, o jornal “O Caic é nosso” está na sua quarta edição. Produzido mensalmente, o periódico conta com uma tiragem de 2000 exemplares e, aos poucos, vai ganhando maior visibilidade entre os alunos da Escola Estadual Caic Maria Alves Carioca, do Bom Jardim.

rede cuca no patio1

Metodologia levada à sério

A Rede Cuca está cheia de novidades para este ano de 2015. Entre elas, estão a implantação de guias metodológicos e dos passaportes dos alunos. “O Cuca passa a sistematizar a sua metodologia de trabalho. Com o funcionamento em rede, se faz necessário a implantação de cadernos metodológicos compartilhados, tanto para os funcionários e/ou colaboradores, como para os alunos. Já os passaportes servirão como ferramentas de registro de todas as atividades dos alunos, dando a oportunidade para que eles criem um portfólio próprio”, esclarece a diretora de Educação da Rede Cuca, Juliana Marinho.

Além de registrarem as atividades, os passaportes também irão possibilitar o acesso livre dos alunos em todos os Cucas (Barra, Jangurussu e Mondubim), incentivando a circulação desses jovens entre as atividades, os eventos e os cursos que são oferecidos pelos três equipamentos.
Os Cucas também irão oferecer para os seus alunos o Projeto de Vida, o qual traz a proposta de fazê-los refletir sobre seus cotidianos e seus sonhos a fim de ajudá-los a planejar o futuro e conquistar seus objetivos. “Essa também é uma forma de podermos nos aproximar ainda mais desses jovens, de podermos direcioná-los de forma efetiva para novas oportunidades pessoais e profissionais”, explica Lara Vieira.

 

Com informações da Coordenadoria de Juventude

Fotos: Divulgação

 

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